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Primavera com 'cara de verão' começa com onda de calor e alerta de inundação no RS

Alerta para risco de chuvas foi emitido pela Defesa Civil do Rio Grande do Sul

23 set 2024 - 09h25
(atualizado às 09h33)
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Calor em São Paulo neste domingo, 22 de setembro
Calor em São Paulo neste domingo, 22 de setembro
Foto: CRIS FAGA/DRAGONFLY PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

A primavera começou neste domingo, 22, com expectativa de ondas de calor intensas nas regiões Centro-Oeste, Nordeste e Sudeste. Na primeira semana da estação, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê altas temperaturas em todo o País. No Rio Grande do Sul, uma frente fria se aproxima e pode provocar chuvas fortes em todo o Estado.

O alerta do Inmet é para 'Perigo Potencial' relacionado ao calor, que deve atingir 11 estados, do Amazonas ao Rio Grande do Sul. É esperado que a temperatura fique 5ºC acima da média até terça-feira, 24.

A estação será influenciada pelo fenômeno La Niña, e algumas regiões do país continuam sendo afetadas pela seca.

Sul

No Rio Grande do Sul, a Defesa Civil emitiu um alerta, neste domingo, 22, para risco de inundação. Partes do Estado podem ter chuva de até 300 milímetros, e em quatro dias, pode chover o equivalente ao volume de dois meses somado.

Os 300 milímetros de chuva correspondem aos meses de junho e julho, juntos. Historicamente, estes são os meses em que mais chove em Porto Alegre. A situação mais preocupante se refere às regiões de Campanha, Sul, Litoral Sul e Costa Doce.

Além da chuva, os ventos também serão fortes no Sul, podendo chegar a 80km/h. Os temporais também terão raios e há possibilidade de granizo.

A elevação nos níveis dos mananciais alcança as bacias hidrográficas da metade sul, incluindo Butuí-Icamaquã, Ibicuí, Quaraí, Santa Maria, Negro, Vacacaí-Vacacaí Mirim, Baixo Jacuí, Camaquã, Mirim-São Gonçalo e Litoral Médio.

Primavera ou verão?

A primavera deve ter temperaturas acima da média histórica no Brasil. O Inmet divulgou o Prognóstico Climático para a Primavera de 2024, informando que a estação será marcada por calor extremo, influenciada pelo fenômeno La Niña. Esses efeitos podem causar impactos na saúde pública e na agricultura.

O calor excessivo deve ser recorrente nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, com ar seco e chuvas irregulares, que agravam as altas temperaturas. O maior risco de ondas de calor acontece entre outubro e dezembro.

As chuvas começam a voltar a partir de outubro, mas não serão suficientes para impedir a seca em algumas regiões do País. Isso irá afetar diretamente a agricultura de soja e milho. O Inmet alerta que a primavera será um período crítico para monitoramento, visto que as altas temperaturas podem acentuar a evaporação do solo, prejudicando as plantações.

Norte e Nordeste

Na Região Norte, especialmente no sul da Amazônia, a combinação de calor intenso e baixa umidade pode trazer um aumento na incidência de queimadas e incêndios florestais, com outubro sendo o mês mais crítico.

A previsão é de menos chuvas do que o esperado neste período, e a região fica ainda mais suscetível ao fogo. Por outro lado, áreas no sudoeste do Amazonas e Acre podem ter chuvas dentro ou acima da média. O calor prolongado, no entanto, é um problema.

O Nordeste também terá muito calor durante a Primavera. No interior e oeste da região, as temperaturas devem passar da média histórica. O território também deve ficar mais seco, com alto risco de ondas de calor nos estados do Piauí e Maranhão.

O sudeste da Bahia será uma exceção, com chance de registrar chuvas mais próximas da média, o que deve amenizar a situação no local.

Fonte: Redação Terra
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