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Queimada destrói 80% da cana do Instituto Agronômico de Ribeirão Preto: 'Frustração'

Prejuízos devem levar cerca de dois anos para serem recuperados, segundo o órgão estadual; São Paulo tem 44,6 mil hectares de área atingida por incêndios

28 ago 2024 - 18h06
(atualizado às 21h47)
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O Centro de Cana do Instituto Agronômico, em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, teve 80% das plantações de cana-de-açúcar destruídas por causa das queimadas no interior de São Paulo a partir da sexta-feira, 23. A perda de 120 dos 150 hectares de plantação do instituto deve provocar entre um e dois anos de atraso nas pesquisas que estavam em andamento.

Antes, os produtores usavam um método de colheita em que precisavam queimar as próprias plantações. Hoje em dia, no Estado de São Paulo, esse método não é mais utilizado por se mostrar menos eficiente perante a colheita crua, processo desenvolvido com a finalidade de eliminar a queima da cultura, diz o engenheiro agrônomo.

"Imagina a minha frustração, depois de 30 anos [da implementação do processo de colheita crua], de voltar a colher essa cana queimada, em função desse acidente", relata. "Insisti para que a gente partisse para um modelo como esse. Passamos a ter, a partir da década de 1990, uma visão de sustentabilidade".

A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo informou que disponibilizou R$ 110 milhões para os produtores rurais paulistas afetados pelos incêndios nos últimos dias. Destes, segundo a pasta, R$ 100 milhões para o seguro rural para a mitigação dos efeitos econômicos e financeiros do extremo climático, e R$ 10 milhões para suporte aos agricultores por meio de custeio emergencial para despesas de manutenção e recuperação da produção.

Os dois recursos são via FEAP (Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista). "O produtor deve buscar a Casa da Agricultura de seu município para ter acesso ao crédito", disse o governo.

Dados finais levantados pelas Regionais da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), órgão da secretaria, apontam que foram atingidas 8.049 propriedades em 317 municípios paulistas de 39 Regionais da CATI. Não houve registro de incêndios em propriedades rurais na Regional de Itapetininga.

As principais cadeias produtivas impactadas foram a bovinocultura de corte, bovinocultura de leite, produção de cana-de-açúcar, fruticultura, heveicultura, cafeicultura, eucalipto e apicultura, com prejuízo estimado de mais de R$ 1 bilhão.

Estadão
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