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'Resgate urgente': moradores de cidades gaúchas pedem ajuda pelas redes sociais

Com vias inundadas, governo do Rio Grande do Sul tem destacado a dificuldade de acessar diversas áreas do Estado

4 mai 2024 - 22h17
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Moradores são resgatados por voluntários em Canoas, no Rio Grande do Sul
Moradores são resgatados por voluntários em Canoas, no Rio Grande do Sul
Foto: Renan Mattos/Reuters

Relatos nas redes sociais mostram moradores pedindo ajuda para resgatar parentes ilhados nas cidades afetadas pelas chuvas no Rio Grande do Sul. Os pedidos acontecem em um cenário em que a mobilização do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e voluntários não tem sido suficiente para realizar os resgates necessários em todo o Estado. O governo estadual tem destacado a dificuldade para acessar as localidades bloqueadas por inundações e vem solicitando reforço nos últimos dias.

Um socorrista relata não ter conseguido resgatar pessoas ilhadas devido à correnteza das águas que invadiram as cidades. "A gente viu seis pessoas sendo levadas, arrastadas, gritando, sumiram rio à dentro", conta.

Em uma outra postagem, a professora Katiúscia Ribeiro disse que seis membros da família estão precisando de resgate urgente. "Estão há quase 48 horas ilhadas", relatou. Os parentes estavam neste sábado em Canoas, na Grande Porto Alegre.

Em cima do telhado de sua casa, uma moradora gravou vídeo para as redes sociais mostrando que sua família e a de vizinhos esperavam por resgate: "Está todo mundo ilhado, não vem ninguém aqui, teve um helicóptero aqui no Exército, tirou duas famílias e não vieram aqui nos buscar, passaram reto".

Há ainda vídeos de hospitais alagados, como o Hospital Pronto Socorro de Canoas, região metropolitana de Porto Alegre. A prefeitura relata dificuldade para acesso a veículos e pede para que voluntários disponibilizem barcos para o resgate de moradores.

O Rio Grande do Sul enfrenta seu pior desastre climático. São pelo menos 55 pessoas mortas e 74 desaparecidos, segundo a Defesa Civil, até a noite deste sábado, 4. O balanço mais recente do governo aponta que há 13.324 pessoas em abrigos e 69.242 desalojadas.

Dos 497 municípios gaúchos, 317 foram afetados pelos temporais. A posição geográfica do Rio Grande do Sul, entre as áreas tropicais e as polares, favorece a ocorrência de eventos climáticos extremos, mas eles têm se tornado mais intensos e frequentes com a piora do aquecimento global. Há registros de blecautes e dificuldades de abastecimento de água.

Estadão
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