RJ: Onça-parda é vista em registro raro no Parque Estadual dos Três Picos
Instituto Estadual do Meio Ambiente (Inea) elaborou cartilha para promover segurança e preservação da espécie, cada vez mais avistada
Uma onça-parda foi flagrada durante o dia por uma armadilha fotográfica no Parque Estadual dos Três Picos, localizado na Região Serrana do Rio de Janeiro. O registro é considerado raro, já que o felino tem hábitos noturnos e costuma ser mais ativo ao entardecer. Esse foi o primeiro avistamento do animal no Pico da Caledônia, em Nova Friburgo, reforçando a presença da espécie na área.
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A presença cada vez mais frequente desse grande felino nas trilhas do Parque dos Três Picos chamou a atenção das autoridades ambientais. O Instituto Estadual do Meio Ambiente (Inea), responsável pela gestão do parque, elaborou uma cartilha de orientações para os visitantes sobre como agir em caso de um encontro com a onça-parda.
Considerando que há 12 onças-pardas vivendo na região, conforme o Inea, a medida visa garantir tanto a segurança dos frequentadores quanto a preservação da espécie. A onça circula por uma área de aproximadamente 65 mil hectares, que abrange os municípios de Guapimirim, Teresópolis, Nova Friburgo, Cachoeiras de Macacau e Silva Jardim, no Rio de Janeiro.
A cartilha orienta que, ao avistar uma onça-parda, as pessoas devem manter a calma, não correr e evitar fazer movimentos bruscos. Portanto, a recomendação é se afastar lentamente, sem tirar os olhos do animal, e fazer barulhos para que ele se afaste.
Correr não é recomendado, pois pode ser interpretado como um estímulo para a perseguição, já que ativa o instinto predador do felino. Além disso, o Inea reforça que, embora seja incomum a onça-parda atacar humanos, é essencial respeitar o território do animal e não tentar se aproximar.
Símbolo do Parque dos Três Picos e conhecida também como suçuarana, a onça-parda é um dos maiores predadores da fauna brasileira e desempenha um papel crucial na manutenção dos ecossistemas. Alimentando-se de animais silvestres de diversos tamanhos, ela ajuda a controlar populações de presas e a manter o equilíbrio da biodiversidade nas regiões onde vive.