Superaquecimento causado pelo El Niño deve perder força em fevereiro
O fenômeno fez com que o ano passado tenha sido o mais quente já registrado em 174 anos de medições da Organização Meteorológica Mundial
O fenômeno El Niño, que levou ao aquecimento anormal das águas do Pacífico Equatorial, terá seu pico em fevereiro e começará a perder força nessa mesma estação, segundo previsões meteorológicas.
O aquecimento acima da média das águas do Pacífico Equatorial, provocado pelo fenômeno El Niño, já atingiu o seu pico e deve começar a ter uma queda em fevereiro. A previsão é da meteorologista Andrea Ramos, do Instituto Nacional de Metrologia (Inmet).
“O que os modelos estão indicando é que o El Niño começa a perder a força a partir de fevereiro. Isso não significa que ele não atue, porque ele influencia, sim, todo o ciclo, seja no campo de chuva, de pressão, de vento. Mas já perde a força. Isso já é confirmado. A previsão é que ele termine no outono de 2024 e a gente inicie uma fase de neutralidade”, explicou Andrea.
Primavera e verão são estações quentes e que provocam mais chuvas, ou seja, terminando essas estações, a tendência é o início de uma fase neutra, quando não se tem nenhum evento do El Niño nem do La Niña.
“Quando a gente sai dessas estações, vai para o outono e, depois, para o inverno. O outono é uma fase de transição. A gente ainda vai ter, no primeiro mês, temperaturas elevadas, mas já segue para um período mais frio”, disse a meteorologista.
Em setembro, a expectativa é da predominância do La Niña. Andrea Ramos esclareceu que o La Niña é o inverso do El Niño: “Enquanto o El Niño é calor, o La Niña é frio. Ele diminui as chuvas na Região Sul e aumenta na Região Norte”.
El Niño
O fenômeno fez com que o ano passado tenha sido o mais quente já registrado em 174 anos de medições da Organização Meteorológica Mundial (OMM). Para este ano, a previsão é que, nos meses de janeiro, fevereiro e março, as temperaturas fiquem acima da média.
“Isso a previsão climática já está indicando. Mas a partir de abril e maio, vai ter tendência de diminuir”, disse Andrea Ramos. A meteorologista afirmo que o El Niño isoladamente não é o responsável pela condição de tempo, já que o Atlântico também está aquecido.