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Temporal no RS: onda de 2 metros de altura atinge comunidade em Bento Gonçalves, diz prefeito

Comunidade Linha Alcântara, no município gaúcho, foi atingida pela onda após o rompimento parcial da barragem 14 de Julho

2 mai 2024 - 19h26
(atualizado às 23h03)
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Resumo
Uma onda de 2 metros de altura atingiu a comunidade Linha Alcântara, em Bento Gonçalves (RS), após rompimento parcial da barragem 14 de Julho. A população foi evacuada para regiões mais elevadas do município.
Defesa Civil orienta evacuação de moradores próximos a áreas de risco após rompimento da barragem 14 de Julho, no RS
Defesa Civil orienta evacuação de moradores próximos a áreas de risco após rompimento da barragem 14 de Julho, no RS
Foto: Reprodução

O prefeito de Bento Gonçalves (RS), Diogo Segabinazzi Siqueira, informou que uma onda de 2 metros de altura atingiu a região da comunidade Linha Alcântara após o rompimento parcial da barragem 14 de Julho, na tarde desta quinta-feira, 2. Segundo ele, a população foi avisada com antecedência e levada a um local de segurança em uma área mais elevada do município. 

Em um vídeo publicado em seu perfil nas redes sociais, o chefe do Executivo municipal confirmou a passagem da onda no entorno da comunidade. Mais cedo, a Defesa Civil confirmou o rompimento parcial da barragem, que fica entre os municípios de Cotiporã e Bento Gonçalves. 

Segundo o prefeito, a onda não atingiu a rodovia Estadual RS-431 e a água estaria se deslocando para as cidades de São Valentim do Sul e Santa Tereza. Ele ressaltou, também, que a população que vive às margens do Rio das Antas foi avisada sobre o risco de inundação na quarta-feira, 1º. 

Como medida de segurança, o prefeito informou que a população das áreas de risco da Linha Alcântara foram levadas a um abrigo situado em uma região mais alta do município, em decorrência da elevação do nível do rio. Equipes foram deslocadas às áreas mais afastadas que estão sem comunicação. 

O prefeito reiterou que o acesso está interrompido em diferentes áreas de Bento Gonçalves. Equipes precisam passar por locais de desmoronamento, barreiras e outros obstáculos para chegar à população. 

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Rompimento de barragem

A Defesa Civil e as prefeitura de Cotiporã e Bento Gonçalves alertaram, nesta quinta-feira, para o rompimento parcial da barragem 14 de Julho, que aflui no Rio Taquari. O órgão de segurança orientou para que as populações que vivem em áreas de risco às margens do rio deixem suas casas e procurem abrigo. 

O órgão orienta a evacuação da população dos municípios de Santa Tereza, Muçum, Roca Sales, Arroio do Meio, Encantado, Colinas e Lajeado. A Defesa Civil trabalha, junto aos órgãos de resposta, para a retirada dos moradores das áreas de risco.

A informação também foi divulgada pelo governador do Estado, Eduardo Leite (PSDB). "Nós recebemos, há pouco tempo, a informação do rompimento da ombreira direita da barragem 14 de Julho. O efeito não vai ser de uma devastação, enxurrada, mas vai ter o curso livre do Rio Taquari". 

Para quem não dispõe de local de segurança alternativo, a Defesa Civil orienta buscar informações junto ao órgão municipal de cada cidade sobre os abrigos públicos disponibilizados pelas Prefeituras, rotas de fuga e pontos de segurança.

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Temporal no RS

Ao menos 154 municípios foram afetados pelas fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul desde a segunda-feira, 29, segundo a Defesa Civil do Estado. Nesta quinta-feira, 2, subiu para 29 o número de mortes e ao menos 60 pessoas estão desaparecidas.

Em coletiva de imprensa nesta quarta-feira, 1º, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, afirmou que a destruição das chuvas que atingem o estado devem resultar no "maior desastre da história" gaúcha em termos de prejuízo material.

"Nós não teremos capacidade de fazer todos os resgates", afirmou o político. "Será o maior desastre que o nosso Estado já tenha enfrentado. Infelizmente maior do que o que nós assistimos no ano passado", acrescentou ele.

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Nas redes sociais, o governador ainda comparou a situação das chuvas a um cenário de guerra. "Precisamos da participação efetiva e integral das Forças Armadas na coordenação deste momento, que é como o de uma guerra. Não temos um inimigo para ser combatido, mas temos muitos obstáculos", escreveu.

Com os fortes temporais, a região já registrou deslizamentos, alagamentos, quedas de pontes e árvores, e também falta de energia elétrica. Um homem chegou a ser levado pela água na ERS-403, na altura entre as cidades de Cachoeira do Sul e Rio Pardo, Região Central do estado. O carro dele ficou submerso e ele ficou cerca de 15 horas sobre o veículo, sendo resgatado por um grupo de pessoas.

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Fonte: Redação Terra
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