Vítima de picada de cobra leva 15 horas para ter veneno detectado no corpo
Caso aconteceu na Austrália e chamou a atenção dos médicos
Um caso de picada de cobra marrom chamou a atenção de médicos em Beachport, na Austrália. Em um relato incomum, Neville Joppich foi atacado pelo animal, mas só teve o veneno detectado em seu corpo cerca de 15 horas após o bote.
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Embora não tenha sentido dor com a picada sofrida ao pisar na serpente enquanto descarregava sua caminhonete, o homem contou que tomou as medidas necessárias. Com a ajuda da esposa, Joppich imobilizou e enfaixou a perna e ligou para a ambulância.
"Eu talvez nem tivesse pensado que era uma picada de cobra se não tivesse visto a cobra. Não houve dor real”, explicou ao portal ABC News.
Já no hospital, os testes iniciais não detectaram veneno no sangue do australiano. Os médicos, então, consideraram o ataque como uma mordida seca, quando a cobra não é venenosa. Por precaução, porém, ele continuou em observação no local.
Cerca de 15 horas após a entrada no hospital, Joppich começou a perceber que a área da mordida estava ficando sensível e sentiu “como se [o veneno] estivesse subindo” pela perna.
Neste momento, a equipe médica rapidamente aplicou o antídoto contra veneno de cobra, e o homem ficou completamente recuperado, apesar do susto. “Foi surpreendente. Você assiste filmes e acha que a reação é instantânea”.
Para Geoffrey Isbister, pesquisador clínico em toxicologia clínica do Hospital Calvary Mater Newcastle, a demora para o veneno fazer efeito foi algo pouco comum. Mesmo quando o veneno não é imediatamente detectável, ele recomenda que os médicos não definam a situação como um caso de “mordida seca”.
"Qualquer tipo de efeito de envenenamento geralmente é detectável dentro de seis horas após a picada, na maioria dos casos. Os antídotos precisam ser administrados dentro de três horas”, explicou o especialista.
Após o susto, Joppich começou a vender kits contra picadas de cobras a preço de custo na agência de correio da qual é proprietário. A medida visa auxiliar a população local durante a temporada em que os ataques de serpentes ficam mais comuns.