O que é ebulição global?
A ebulição global traz uma série de riscos para a vida no planeta Terra e demanda ações importantes para desacelerar esse processo.
A ebulição global é um acelerado aumento das temperaturas globais, resultado de um coquetel de fatores relacionados à atividade humana e prejuízos ao meio ambiente. As consequências desse processo são graves para a fauna e a flora, tendo a ver com outros impactos ambientais e efeitos na qualidade de vida da população.
O aquecimento global acelerado é um fenômeno que ameaça a vida no planeta Terra e que contribui para uma série de mudanças climáticas no mundo. A aceleração desse fenômeno tem levado especialistas a chamar esse processo de aumento das temperaturas no globo de ebulição global, para mostrar que a humanidade entrou em uma nova fase na crise climática.
Os impactos da atividade humana no planeta no último século têm intensificado eventos climáticos como o El Niño, responsável por provocar fortes secas em áreas como o Norte e o Nordeste do Brasil e, ao mesmo tempo, pelas fortes chuvas que acontecem no Sul e Sudeste.
A ebulição global é provocada por uma série de fatores e traz várias consequências para o meio ambiente mundial e para a vida das pessoas. Apesar do problema ser complexo, existem possibilidades de combater a aceleração do aquecimento global e, dessa maneira, amenizar os impactos negativos causados por esse fenômeno climático extremo.
O que é a ebulição global?
A ebulição global pode ser considerada um estágio avançado do aquecimento global. Enquanto o aquecimento é um processo de aumento gradual da temperatura no planeta Terra ao longo dos séculos, e que foi intensificado pela atividade dos seres humanos, a ebulição global é um processo de aceleração significativa do aumento da temperatura, que acontece em um curto período de tempo.
O termo ebulição global foi utilizado para reforçar a gravidade da situação global pelo secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, em um pronunciamento feito em Nova York em julho de 2023. “A mudança climática está aqui e é assustadora. E é apenas o começo. A era do aquecimento global terminou, e a era da ebulição global chegou”, afirmou Guterres.
O secretário-geral fez o pronunciamento após previsões de que julho de 2023 seria o mês mais quente já registrado na história. Porém, o observatório europeu Copernicus mostrou que os meses entre abril de 2023 e março de 2024 foram os mais quentes já registrados na história do planeta. Além disso, o mês de abril de 2024 foi considerado o 10º consecutivo de recordes de altas temperaturas.
Quais as causas da ebulição global?
A ebulição global é causada por diferentes fatores combinados, sendo a maioria deles relacionados à atividade humana e aos prejuízos que as ações da espécie causam para o meio ambiente.
Apesar do aquecimento global ser um fenômeno natural, ele ocorre de maneira gradual, ao longo de séculos. A ação humana fez com que esse aquecimento fosse acelerado ao ponto de transformá-lo em ebulição global.
Entre as principais causas apontadas por especialistas climáticos para o surgimento da ebulição global, estão:
- Emissão de gases que causam o chamado efeito estufa, a partir da queima de combustíveis fósseis em automóveis ou em atividades de geração de energia que usam carvão, petróleo ou gás natural, além de processos da produção em fábricas e indústrias e da liberação de substâncias em aterros sanitários e em grandes quantidades de gado e pecuária;
- Desmatamento de grandes áreas de floresta, o que contribui para diminuir a capacidade de absorção de gás carbônico da atmosfera, sendo que esse gás contribui significativamente para o efeito estufa e para o aquecimento do planeta.
A alta demanda da humanidade por energia e alimentos e, principalmente, as atividades de agricultura, pecuária e indústrias contribuem para o desmatamento e para a emissão de gases poluentes. Essas substâncias destroem camadas de proteção da atmosfera que contribuem para a preservação da temperatura global, fazendo o planeta aquecer de maneira acelerada.
Quais são as consequências e impactos ambientais da ebulição global?
A ebulição global traz uma série de impactos negativos que podem acabar com uma série de ecossistemas de plantas e animais ao longo dos anos. Além disso, o processo de superaquecimento do planeta pode piorar a qualidade de vida de gerações e tornar a vida no planeta ainda mais difícil, com prejuízos para toda a espécie humana.
Entre as principais consequências, estão:
- O surgimento, com maior frequência, de fenômenos climáticos extremos, como tempestades, furacões, ondas de calor, secas prolongadas e inundações;
- O derretimento do gelo nas calotas polares, importantes para a preservação da temperatura no planeta;
- O aumento do nível dos oceanos, o que ameaça a vida marinha e áreas costeiras, que podem desaparecer com a invasão da água do mar;
- Acidificação de mares e oceanos, tornando-os mais ácidos e prejudiciais a uma série de espécies animais e vegetais, que podem ser extintos;
- Perda de biodiversidade, com áreas desmatadas contribuindo para o desaparecimento de diferentes tipos de plantas e espécies animais;
- Problemas para agricultura, pecuária e pesca, já que fenômenos climáticos extremos podem dificultar a produção de alimentos ou inviabilizar a colheita de determinadas culturas;
- Problemas de saúde decorrentes de ondas de calor, inundações ou mesmo da falta de alimentos.
Como enfrentar a ebulição global?
Apesar do cenário desafiador, é possível atenuar os efeitos da ebulição global e contribuir com a preservação do planeta. Diversas ações podem ser tomadas, tanto por empresas e por cadeias de produção, quanto de maneira individual:
- Redução e interrupção da emissão de gases causadores do efeito estufa, com setores econômicos e empresas investindo em alternativas sustentáveis de geração de energia, como as fontes de energia limpa e renovável;
- Reflorestamento e conservação de florestas, rios, lagos e áreas costeiras, para que a fauna e a flora desses locais possa se recuperar e contribuir para a absorção de gases poluentes, como ocorre nas florestas;
- Popularização de alternativas sustentáveis de transporte e investimento em infraestrutura que permita o uso de fontes não poluentes, como carros elétricos e bicicletas;
- Tratamento de lixo com descarte adequado e substituição de itens poluentes, como plástico, por alternativas biodegradáveis, além de incentivo à reciclagem;
- Redução no consumo de itens que contribuem para o desmatamento e a poluição.
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