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Onda de calor na Europa causou o derretimento de 10% do volume de gelo nos Alpes, diz relatório

Dados ainda mostram que as mortes por altas temperaturas aumentaram em 30% nos últimos 20 anos

22 abr 2024 - 11h30
(atualizado às 12h00)
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Resumo
O estudo revela que os Alpes europeus derreteram 10% de seu volume de gelo e que a temperatura na Europa cresceu, resultando em um maior número de mortes em razão do calor excessivo.
Europa registrou ano mais quente da história em 2023
Europa registrou ano mais quente da história em 2023
Foto: Reuters

Em um ano já marcado por ondas de calor e fenômenos climáticos, um relatório divulgado pelo Serviço de Mudanças Climáticas do Copernicus e pela Organização Meteorológica Mundial (OMM) revela dados alarmantes. Só no ano passado, os alpes europeus diminuíram o volume de gelo nas montanhas em 10%. Dados sobre o clima no continente ainda mostram que as mortes em razão do calor excessivo subiram em 30% ao longo de duas décadas. 

O estudo divulgado nesta segunda-feira, 22, leva em consideração as preocupantes mudanças climáticas na Europa a fim de alertar sobre os impactos causados por elas. Na lista de 'sinais vermelhos', estão o absurdo aumento da temperatura durante todo o ano de 2023 na Europa, o derretimento de geleiras nos Alpes e o superaquecimento que fez o Ártico registrar o sexto ano mais quente da história. 

Europa esquentou 

O aumento do número de mortes por calor no continente europeu é consequência direta do impacto do superaquecimento climático na região. Segundo o relatório, 2023 ocupa facilmente um 'Top 3' de anos mais quentes já registrados na Europa. 

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Para os europeus, o pior mês foi setembro, período que marca o fim do verão e o início do outono por lá. No entanto, o calor não foi registrado apenas neste mês. Outros 11 dos 12 meses do ano passado marcaram acima da média em relação à temperatura. 

Esse calor não impactou apenas em terra, mas também em alto mar. No ano passado, a temperatura média da superfície do mar para o oceano na Europa atingiu seu maior pico na história. A prova disso foi a preocupante e extrema onda de calor marinha que afetou o Oceano Atlântico a oeste da Irlanda e ao redor do Reino Unido em junho de 2023. 

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Com o continente "fervendo", os moradores têm sofrido. No ano passado, foi registrado um recorde de dias com "estresse por calor extremo". O relatório ainda mostra que, nos últimos 20 anos, as mortes relacionadas ao calor aumentaram 30% na Europa. A mudança foi observada em 94% das áreas monitoradas pelo Serviço de Mudanças Climáticas do Copernicus e pela Organização Meteorológica Mundial.

Derretimento dos Alpes e do Ártico

Conhecida por ter inúmeros destinos com neve, a Europa "nevou" muito menos que a média no ano passado. Parte da Europa Central e dos Alpes registraram menos dias de neve durante o inverno e a primavera. A região abrange paises como Suiça, Alemanha e Áustria. 

Alpes tiveram volume de gelo reduzido em 10%
Alpes tiveram volume de gelo reduzido em 10%
Foto: Folie Douce

Os Alpes registraram uma preocupante perda de gelo nas geleiras em 2023. Junto ao acúmulo de neve no inverno abaixo da média e ao forte derretimento no verão devido às ondas de calor, os fatores resultaram na perda de 10% do volume das geleiras na região. A situação foi observada entre 2022 e 2023. 

Seguindo o mesmo impacto dos Alpes, o Ártico também registrou derretimento de gelo. Isso porque 2023 foi o sexto ano mais quente já observado na região, seguindo uma escalada alarmante: dos cinco anos mais quentes registrados para as terras do Ártico, todos ocorreram a partir de 2016.

Por conta do calor, a extensão do gelo do mar Ártico registrou um índice abaixo da média durante a maior parte do ano passado. O ápice aconteceu em setembro, mês que também foi registrado como o mais quente da Europa em 2023. Na ocasião, a extensão se apresentou 18% abaixo da média. 

Alpes suíços
Alpes suíços
Foto: Marco Meyer / Unsplash
Fonte: Redação Terra
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