Pai coloca filha de 8 dias em mochila para salvá-la de enchente no RS
Homem resgatou a filha recém-nascida de casa inundada e saiu por telhado
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-r1g4vissjc6c.jpg "Patrick relatou que protegeu a pequena Lara enquanto escapava da inundação pelo telhado")
Um morador de Porto Alegre salvou a filha recém-nascida, de apenas oito dias, das enchentes na capital gaúcha, usando uma mochila para colocar o bebê e tirá-la em segurança de casa. Patrick relatou que protegeu a pequena Lara enquanto escapava da inundação pelo telhado.
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Em entrevista à GloboNews na quarta-feira, 8, o pai contou que precisou buscar a filha bebê no segundo andar de casa. Lá, ele forrou uma mochila para que a pequena não se machucasse, e a colocou dentro, em segurança.
"Abracei a mochila com uma mão e a outra usava para me locomover. Foi o único jeito. Era muita água. Se ela caísse dentro da água, não ia ter o que fazer. Foi o jeito que eu achei. Usar a mochila pra passar por cima do telhado", relatou o morador.
-s100wxsa19pi.jpg "Família está em abrigo após perder tudo em enchente")
Patrick, a esposa, Joyce, e a filha, Lara, que hoje está com 12 dias de vida, foram para um abrigo da prefeitura de Porto Alegre devido à destruição causada pelas enchentes e temporais no Rio Grande do Sul. A família ficou desamparada e perdeu tudo na tragédia.
"Não temos nada. A água tomou conta de toda a casa. Passamos por duas enchentes. As outras não foram tão agressivas, mas agora não temos nada. A única coisa que a gente tem é um colchão e um pouco de roupa", contou Patrick à GloboNews.
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Segundo a Defesa Civil Estadual informou na manhã desta quinta-feira, 9, são 107 óbitos confirmados. Já 136 pessoas continuam desaparecidas. Dos 497 municípios gaúchos, 425 foram afetados de alguma maneira pelas fortes chuvas. Até o momento, há o registro de 1.476.170 pessoas afetadas pelo desastre, 26.092 e mais do que na quarta-feira. Destes, 67.542 estão em abrigos, 164.583 estão desalojados, e há 374 feridos.
Nível do rio Guaíba diminui
O nível do rio Guaíba, em Porto Alegre (Rio Grande do Sul), baixou 8 centímetros em menos de 24 horas, segundo a medição feita às 16h15 desta quarta-feira, 8, divulgada pelo Centro Integrado de Coordenação de Serviços (Ceic) nas redes sociais. O estado enfrenta uma tragédia climática desde o fim de abril, com ruas de centenas de cidades afetadas pela enchente e temporais. Nesta quinta, o nível do Guaíba se manteve.
A medição é feita pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) no Cais Mauá, e é divulgada várias vezes ao dia pelas redes sociais do Ceic. Foi apontado que, na manhã de quarta-feira, 8, o Guaíba estava com 5,12 metros, e passou para 5,04 metros no fim do dia, uma diferença de 8 centímetros. Às 7h30 desta quinta-feira, 9, o nível permaneceu em 5,04.
Frentes frias devem cessar chuvas
A chegada de novas frentes frias no Sul do Brasil nas próximas semanas deve quebrar o bloqueio atmosférico que atua no país. É esse bloqueio que tem causado o calor atípico para o mês nas regiões Sudeste e Centro-Oeste e contribuído para as chuvas no Rio Grande do Sul.
Esses bloqueios muito fortes, no entanto, geralmente só são rompidos por mais de uma frente fria. Uma primeira frente fria chegou à região Sul nesta quarta-feira, 8. Nos dias 11 e 12, uma segunda frente fria é esperada com mais força.
A previsão do Climatempo é de que essa segunda frente fria derrube as temperaturas dos três estados do Sul do Brasil e mantenha as nuvens carregadas afastadas do Rio Grande do Sul.
Saiba como ajudar as vítimas das enchentes do Rio Grande do Sul
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