Papua-Nova Guiné: deslizamento deixou ao menos 2 mil mortos, segundo autoridades
Centro Nacional de Desastres do país diz que retirada de soterrados ainda ocorre lentamente
Mortes em deslizamento na Papua Nova Guiné podem passar de 2 mil.
O número de desaparecidos após um enorme deslizamento de terra em Papua Nova Guiné deve ser maior do que o divulgado inicialmente pela Organização das Nações Unidas (ONU).
A afirmação é do diretor interino do Centro Nacional de Desastres do país, Lusete Laso Mana, cujo parecer aponta que provavelmente mais de 2.000 pessoas tenham sido soterradas após o desastre ocorrido na sexta-feira, 24, no horário local, e quinta-feira, 23, no Brasil.
O número exato de vítimas tem sido difícil de estabelecer, já que os esforços de resgate ocorrem muito lentamente.
Os escombros alcançam 10 metros de profundidade em algumas áreas e, como as equipes de resgate não possuem os equipamentos ideais para acessar o local onde estão as vítimas, o número de corpos recuperados até agora não passa de 20.
No último domingo, 26, a ONU estimou o número de desaparecidos em cerca 670. O secretário-geral da entidade, António Gurerres, se manifestou em sua conta do X (antigo-twitter).
I’m sending my solidarity to the people of Papua New Guinea following the devastating landslide that has claimed the lives of hundreds of people.@UN staff are mobilizing and supporting government’s response efforts.
— António Guterres (@antonioguterres) May 26, 2024
"Envio a minha solidariedade ao povo da Papua Nova Guiné após o deslizamento de terras devastador que ceifou a vida de centenas de pessoas. O pessoal da ONU está a mobilizar-se e a apoiar os esforços de resposta do governo", diz a publicação.
Desabamentos
O desabamento na encosta de uma montanha destruiu uma aldeia inteira, cuja população era de 3.800 pessoas, na província de Enga. Os prejuízos se estendem por cerca de um quilômetro, segundo a imprensa internacional.
Na nota divulgada, Lusete Laso Mana afirma que os danos foram "extensos" e que "causaram grande impacto na sobrevivência econômica do país".