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Patagônia argentina enfrenta inverno rigoroso e animais ficam congelados

Neste inverno, temperaturas na região caíram para -15°C, levando a cenas de patos congelados em lagoas e ovelhas presas em pilhas de neve

30 jul 2024 - 13h33
(atualizado às 14h13)
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Ovelhas durante frio extremo da Patagônia
Ovelhas durante frio extremo da Patagônia
Foto: Ministério de Defesa da Argentina

A Patagônia, situada no extremo sul da América do Sul, é conhecida por seus invernos rigorosos, mas o frio extremo observado recentemente é considerado incomum.

Neste inverno, temperaturas na região caíram para -15°C, levando a cenas de patos congelados em lagoas e ovelhas presas em pilhas de neve. Equipes do serviço militar precisaram fornecer alimentos tanto para os animais quanto para as pessoas da região. As informações são da Deutsche Welle

"Esse é um fenômeno incomum”, afirma ao DW Raúl Cordero, climatologista da Universidade de Santiago do Chile. Ele prevê que as temperaturas extremas continuarão durante o inverno e alerta para a possibilidade de novas ondas de frio.

Em julho deste ano, a região enfrentou sua segunda onda de frio em três meses. Segundo o Serviço Meteorológico Nacional da Argentina (SNM), a área está sob alerta meteorológico amarelo, indicando risco de danos e interrupções nas atividades diárias.

As baixas temperaturas são atribuídas à chegada de ar polar da Antártida. Isso ocorre quando o vórtice polar, uma massa de ar que circula no Polo Sul, enfraquece, permitindo que o ar frio escape para o norte. 

"A fraqueza incomum do vórtice polar antártico aumenta a probabilidade de que as massas de ar polar escapem para as áreas habitadas do hemisfério sul. Em outras palavras, a probabilidade de ondas de frio aumenta", destaca Cordero.

O climatologista afirma ainda que as ondas de frio na Patagônia são mais um reflexo das mudanças climáticas globais do que um fenômeno que poderia afetar o clima global. A variação do vórtice polar, associada ao aquecimento do Ártico, contribui para essas anomalias. No entanto, ele também aponta que essas ondas de frio não alteram a tendência de aquecimento global, mas podem ter impactos locais, como a redução temporária da perda de gelo nos campos de gelo da Patagônia.

Há discordâncias na comunidade científica sobre a relação entre mudanças climáticas e ondas de frio. Enquanto alguns estudos sugerem que o aquecimento do Ártico contribui para invernos mais rigorosos em latitudes médias, outros especialistas, como James Screen, professor de climatologia da Universidade de Exeter, argumentam que esses extremos são resultado da variabilidade natural e não diretamente relacionados ao aquecimento global.

Tendências futuras

O consenso entre os cientistas é que, apesar de eventuais ondas de frio extremas, a tendência geral é de aquecimento global. "Na maior parte do mundo, os efeitos de aquecimento da mudança climática excederão qualquer eventual efeito de resfriamento decorrente da mudança dos padrões climáticos devido ao aquecimento do Ártico”, afirma Screen. 

Fonte: Redação Terra
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