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Pesquisadores encontram até brinquedo de Halloween dentro de tartarugas

Estudos no Mediterrâneo mostram o impacto devastador da poluição plástica na Terra

14 mar 2024 - 13h11
(atualizado às 15h47)
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A hipótese mais provável é de que as tartarugas ingiram os plásticos que mais se assemelham aos seus alimentos
A hipótese mais provável é de que as tartarugas ingiram os plásticos que mais se assemelham aos seus alimentos
Foto: Divulgação/ Universidade de Exeter

Uma equipe de cientistas da Universidade de Exeter, no Reino Unido, analisou as entranhas de 135 tartarugas encontradas mortas no mar Mediterrâneo e identificou que mais de 40% dos animais foram encontrados com grandes pedaços de plástico, os chamados macroplásticos. No total, o estudo encontrou 492 pedaços, sendo que 67 em apenas uma tartaruga.  

Entre os itens encontrados estão tampas de garrafas, embalagens de chicletes e até um brinquedo de Halloween: um dedo de bruxa de borracha.

"A jornada daquele brinquedo de Halloween – desde uma fantasia de criança até o interior de uma tartaruga marinha – é um vislumbre fascinante do ciclo de vida do plástico", disse a Dra. Emily Duncan, principal autora do estudo, à versão online do jornal britânico Daily Mail. "Essas tartarugas se alimentam de presas gelatinosas, como águas-vivas, e de presas do fundo do mar, como crustáceos, e é fácil ver como esse item pode ter se parecido com uma garra de caranguejo".

A maioria dos plásticos encontrados, cerca de 62%, se assemelhava a folhas. Outros 42% eram transparentes e 25% brancos. 

"É provável que as tartarugas ingiram os plásticos que mais se assemelham aos seus alimentos", acrescenta. 

Os resultados ajudam a dar dimensão da devastação que a poluição plástica provoca no planeta Terra, embora os pesquisadores afirmem que ainda não conhecem todo o impacto dos macroplásticos na saúde das tartarugas, que pode incluir bloqueios e limitação da nutrição. 

Embora o estudo destaque o impacto devastador da poluição plástica da Terra sobre as tartarugas marinhas, os especialistas dizem que agora é necessário investigar mais. 

"Serão necessários tamanhos de amostra muito maiores para que as tartarugas-cabeçudas sejam uma espécie 'bioindicadora' eficaz", disse o professor Brendan Godley, co-autor do estudo. 

Fonte: Redação Terra
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