Pet shop deixou animais morrerem no subsolo e salvou computadores de enchente, diz delegada
Polícia Civil, Ibama, Comando Ambiental e perícia estiveram no local para vistoria
O pet shop Cobasi de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, teria salvo os computadores durante a enchente enquanto os animais no subsolo morreram. A Polícia Civil e o Ibama investigam a loja por crime de maus-tratos aos animais.
A unidade do pet shop Cobasi de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, teria salvo computadores durante a enchente que afetou todo o Estado, enquanto os animais que estavam no subsolo da loja morreram afogados. As informações foram confirmadas pela delegada Samieh Saleh ao Terra.
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Os computadores e CPUs que estavam nos caixas no subsolo da loja foram retirados e colocados no mezanino. No mesmo local, estavam os animais, que morreram. A loja, que fica no shopping Praia de Belas, foi evacuada no dia 3 de maio. Depois, aves, peixes e roedores foram mortos durante a enchente que atingiu o local.
Na quinta-feira, 23, a Polícia Civil do Rio Grande do Sul, por meio da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente, realizou uma vistoria no local, acompanhada de agentes do Ibama, do Comando Ambiental e perícia. Durante a vistoria, vários animais foram encontrados mortos por afogamento, e foram retirados. Duas unidades da Cobasi são investigadas por crime de maus-tratos aos animais.
Segundo a Cobasi, a água alcançou 3,5 metros de altura no interior da loja. A delegada afirmou ao Terra que testemunhas foram ouvidas, e outras ainda devem ser ouvidas durante a semana. O Ibama aplicou duas notificações à empresa.
Segundo a CNN Brasil, a Cobasi informou por meio de nota que os colaboradores precisaram sair do local de forma emergencial, e que tomaram providências para que as aves, roedores e peixes estivessem em segurança e alimentados para sobreviver até o retorno dos funcionários.
A marca disse ainda que não tinha dimensão do desastre que atingiria o Estado, e informou que apenas quatro computadores foram levados para o andar superior, porque ficavam muito perto do chão, mas outros equipamentos permaneceram nos lugares originais. A Cobasi lamentou o ocorrido e afirmou que segue colaborando com as autoridades.