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Pico do El Niño irá elevar as temperaturas no Brasil entre dezembro e janeiro

Segundo o Climatempo, o Centro-norte do País deve registar os maiores números

7 dez 2023 - 05h00
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Termômetro registrando altas temperaturas em uma cidade Brasileira.
Termômetro registrando altas temperaturas em uma cidade Brasileira.
Foto: Foto: Istock

Durante os meses de dezembro e janeiro, o El Ninõ irá atingir seu ponto máximo, resultando no aumento de temperatura e chuvas no País. Ainda que ondas de temperatura altas tenham afetado as regiões Centro Oeste e Sudeste em algumas semanas de outubro e novembro, o verão só começa oficialmente no dia 22 de dezembro às 00h27 (horário de Brasília).

Embora as ondas de calor nos meses de primavera tenham sido intensas, na chegada oficial do verão a sensação térmica poderá ser ainda mais elevada.

Conforme mapa elaborado pelo Climatempo, somente o Rio Grande do Sul terá temperaturas consideradas normais para a época, enquanto as demais regiões terão números um pouco acima da média. Uma faixa vermelha intensa indica calor extremo, especialmente no centro do País, atingindo também os Estados do Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Norte de Minas Gerais.

O clima nas regiões do Brasil no mês de dezembro

Sul

Chuvas acima da média, com risco de enchentes, principalmente na fronteira com a Argentina.

Embora na previsão do Climatempo o Paraná seja apontado como o Estado menos impactado na região Sul do Brasil, está prevista uma quantidade significativa de chuvas.

Ao longo do mês, estão previstas até quatro frentes frias na região Sul. O centro-sul da região e o oeste do Rio Grande do Sul serão as áreas mais impactadas, com ar frio e dias predominantemente nublados.

Sudeste

Na região Sudeste, será perceptível a presença habitual de chuvas abundantes, sobretudo no oeste e sul de São Paulo, Triângulo Mineiro, sul de Minas e extremo sul do Rio de Janeiro.

Na cidade de São Paulo, são esperados fins de tarde chuvosos, concentrados no final da primeira quinzena e início da segunda, segundo o Climatempo. No Sul do Rio, haverá chuvas irregulares ao longo do mês, com episódios de chuva forte. Em Minas Gerais e Espírito Santo está prevista a possibilidade de dias de calor extremo.

Centro Oeste

No Centro-Oeste do País, o risco de temporais se concentra no sul e leste do Mato Grosso do Sul, com chuvas acima da média. O Pantanal e outras regiões do Estado podem ter chuvas abaixo da média, com possibilidade de temperaturas superiores a 40ºC. Goiás e Distrito Federal têm previsão de chuva dentro da normalidade. 

Nordeste

Na região Nordeste, a previsão é de um aumento no volume de chuvas em áreas como Maranhão, sul do Piauí, oeste e sul da Bahia, com efeitos menos expressivos na costa norte do País, entre Maranhão e Ceará. 

A maior parte da região terá chuva dentro da normalidade, incluindo o interior do Ceará, Rio Grande do Norte, oeste da Paraíba, Pernambuco e parte do interior do Piauí, com a possibilidade de temperaturas acima da média em todas as áreas.

Norte

Na região Norte, há um aumento da chuva, mas não atingirá a média mensal. As áreas ao longo do curso do rio Solimões, até a fronteira com a Colômbia, terão volumes abaixo do normal, de acordo com o Climatempo. 

Apesar do aumento da chuva, o calor intenso irá persistir, podendo limitar o impacto. Todas as áreas do Norte terão temperaturas acima da média para o mês, mas sem atingir níveis extremos como observado em setembro e outubro.

O que significa o fenômeno do El Niño?

O fenômeno do El Niño é um evento do clima no qual há o aquecimento excessivo das águas do oceano Pacífico em sua área equatorial (perto da linha do Equador), entre o continente americano, a Ásia e a Oceania. Esse aquecimento acima do normal traz diversos impactos na temperatura da Terra e, também, nas chuvas em diferentes locais do globo.

É comum que a água nessa região do oceano tenha sua temperatura elevada entre 2º C a 3,5º C. Se, normalmente, as águas do Pacífico têm 23º C, durante o El Niño as águas podem esquentar para um nível entre 25º C até 26,5º C, aproximadamente.

O termo El Niño surgiu por causa do período em que esse fenômeno foi descoberto por pescadores da costa oeste sul americana. Como a primeira observação detectou o fenômeno em dezembro, próximo ao Natal, deu-se o nome espanhol de El Niño, em uma referência ao menino Jesus, que é celebrado na época.

Qual é a causa do fenômeno El Niño?

O El Niño é um fenômeno natural do Planeta Terra que acontece quando os ventos que sopram no Equador, de leste a oeste no planeta, são menos intensos do que de costume. Assim, a água do oceano Pacífico na altura da linha do Equador tende a ficar mais quente, o que também aumenta as temperaturas gerais das águas oceânicas.

O calor das águas mais quentes faz com que a evaporação da água seja maior e há formação de nuvens de chuva intensa. Além disso, outros locais ficam mais secos, já que o El Niño desregula a distribuição de correntes de vento que ajudam a distribuir as chuvas. Estima-se que, durante os anos em que o El Niño acontece, a temperatura da superfície da Terra fique pelo menos 0,1º C acima do normal.

Esse fenômeno é o oposto do comum, já que, nos anos em que o El Niño não acontece, ventos transportam águas do oceano Pacífico para a direção oeste. Esses ventos tornam o ar acima dessas águas mais leve e úmido e, quando ele atinge grandes altitudes, se condensa e forma nuvens e gotículas de águas que levam chuva para a Oceania.

Além disso, esse movimento de ventos eleva as águas mais frias do oceano Pacífico Equatorial para a superfície. Essa água, rica em nutrientes, atrai peixes para a costa do Peru, sendo importante para a cultura de pesca local.

Com o El Niño, a água fica mais quente e a evaporação faz com que as nuvens de chuvas surjam mais próximas da América do Sul. Esse desequilíbrio é o responsável por deixar o clima no Norte e Nordeste mais seco e no Sul e no Sudeste, mais úmidos.

Fonte: Redação Terra
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