Policiais ficam presos em delegacia na Tailândia após invasão de centenas de macacos
Cerca de 200 macacos escaparam dos recintos construídos para contê-los e invadiram áreas urbanas da cidade
Os moradores de Lopburi, na Tailândia, têm enfrentado desafios devido ao aumento da população de macacos, conhecidos por seu comportamento agressivo. A situação levou as autoridades locais a construir recintos especiais para tentar conter os grupos mais rebeldes.
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No entanto, no último sábado, 16, cerca de 200 primatas escaparam dessas instalações e foram para a área da cidade. Um grupo chegou a cercar a delegacia local. "Tivemos que fechar as portas e janelas para evitar que eles entrassem no prédio em busca de comida", afirmou o capitão de polícia Somchai Seedee, em entrevista à AFP.
A polícia de Lopburi, em publicação no Facebook, relatou que policiais de trânsito e agentes de plantão foram mobilizados para afastar os animais. Apesar dos esforços, uma dúzia de macacos continuava no telhado da delegacia até a manhã desta segunda-feira.
Os macacos têm um lugar especial na cultura tailandesa, devido à influência do deus-macaco Hanuman, herói da mitologia hindu. Milhares desses primatas vivem nas proximidades do templo Pra Prang Sam Yod, em Lopburi, onde, desde os anos 1980, um festival anual oferece frutas em banquete para os animais.
Entretanto, o aumento da população de macacos, aliado a brigas entre os grupos e atos de vandalismo, tornou a convivência com os humanos cada vez mais complicada. Segundo um estudo recente do governo local, existem cerca de 5.079 macacos selvagens na província, todos protegidos pela Lei de Conservação e Proteção da Vida Selvagem da Tailândia.
Em março deste ano, foi criada uma unidade especial da polícia equipada com estilingues de tranquilizantes para lidar com gangues de macacos agressivos. A ação, aprovada pelo Ministério dos Recursos Naturais e Meio Ambiente, também inclui programas de esterilização e realocação dos primatas.
O Ministério prometeu ainda compensar moradores que sofreram ataques. Até março, pelo menos três casos de gravidade médica envolvendo ataques de macacos foram registrados no país.