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Pomba que foi atropelada e não pode mais voar é adotada por ativista no RS

Protetora dos animais tem projeto de conscientização sobre pombas e acolheu, em sua casa, ave resgatada com a asa quebrada

27 set 2024 - 09h05
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Pomba sofre atropelamento, quebra a asa e ganha lar em casa de protetora animal:

Quando se fala sobre proteção animal, as primeiras espécies que recebem empatia, no geral, são os cães e os gatos. Por outro lado, há pessoas que atuam para que todos os animais sejam igualmente respeitados, incluindo as pombas. Como é o caso da administradora de empresas Fernanda Juliana, 44, de Caxias do Sul (RS), que criou o Salvem as Pombas, um projeto que propõe discussões, conscientização e oferece auxílio para os interessados em ajudar essas aves.

"Pombas são limpas, inteligentes, amistosas e que não causam doenças", diz ela ao explicar que o projeto nasceu com o intuito de acabar com o especismo – quando determinadas espécies são consideradas superiores a outras.

Para a administradora, as pombas sofrem com preconceito porque são conhecidas por causarem sujeira: "mas as pessoas não olham para os seus próprios umbigos. O mundo está mais sujo por causa das pessoas e não dos pombos". 

"A sujeira da pomba a gente lava com água e sabão. Agora, a sujeira que a gente tem na mente das pessoas, infelizmente, não tem produto que limpe"

Fernanda Juliana, idealizadora do projeto Salvem as Pombas

Adoção

Há cerca de três anos, uma pomba, em especial, chegou à vida de Fernanda. "A Cielo nasceu na cidade de Nova Petrópolis [no Rio Grande do Sul] e foi resgatada por funcionários da prefeitura municipal, que a encontraram ferida, possivelmente após ter sido atropelada", conta. Sensibilizados com a situação da ave, os funcionários se deslocaram até Caxias do Sul (RS), para levá-la a um hospital veterinário.

Fernanda comenta que é comum clínicas se recusarem a atender pombas por alegarem "não haver necessidade". Porém, esse não foi o caso da médica veterinária Renata Saccaro, que a recebeu prontamente.

Logo foi constatado que Cielo tinha uma fratura na asa e que possivelmente não poderia voltar a voar. "Então, [a veterinária] perguntou se eu não teria um cantinho para a pomba e obviamente a recebemos na nossa casa", conta. 

"Ela é a dona da casa. Manda em mim, manda na minha mãe e manda em todos os cachorros", brinca Fernanda. "Ela é mandona, anda por todos os lugares, toma banho e adora se olhar no espelho". A ativista explica que se encanta em ver como um ser tão pequeno pode ter tanta personalidade, ser tão inteligente e ter tanto amor para dar.

Para a administradora, as pombas sofrem com preconceito porque são conhecidas por causarem sujeira
Para a administradora, as pombas sofrem com preconceito porque são conhecidas por causarem sujeira
Foto: Reprodução
Fonte: Redação Planeta
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