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Recuperação ambiental: método de resgate de DNA busca manter flora em locais devastados

Técnica está sendo usada em Brumadinho, cidade que ficou devastada após o rompimento de uma barragem, em 2019

10 out 2023 - 05h00
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Na cidade de Brumadinho, ainda há locais com vestígios da lama
Na cidade de Brumadinho, ainda há locais com vestígios da lama
Foto: Reprodução/Globo Rural

A Universidade Federal de Viçosa (UFV), em Minas Gerais, está testando o método de resgate de DNA e indução de reflorestamento precoce de espécies florestais nativas em locais que foram atingidos por tragédias ambientais. Um exemplo é Brumadinho (MG), cidade que ficou devastada após o rompimento de uma barragem, em janeiro de 2019.

Segundo reportagem do Globo Rural, o método consiste em preservar a genética das plantas nativas com o uso de hormônios, que antecipam o florescimento das mudas, e, assim, acelerar a recuperação da área. No caso de Brumadinho, foram quase 300 hectares atingidos pelos rejeitos de mineração.

Recuperação ambiental

Para realizar a recuperação ambiental, primeiro é preciso que os bombeiros façam a vistoria desses rejeitos. Em Brumadinho, esse processo de limpeza começou em junho de 2020, mas a expectativa é de que só seja finalizado em 2030. Algumas áreas, porém, já passaram pela recuperação ambiental e são tidas como 'laboratórios' do que deve ser feito.

A coleta dos rejeitos começou com uma parceria entre a UFV e a Vale, dona da barragem que se rompeu.

Depois que as áreas estão limpas, começa-se o processo de resgate do DNA. São feitas cópias do DNA das árvores nativas para que não se perca o conteúdo genético delas. A reportagem explica que é necessário coletar as informações genéticas do topo das árvores, que são partes mais maduras das plantas.

Até o momento, na região de Brumadinho, foram mapeadas mais de 30 espécies, como Jacarandá, Ipê e Jequitibá.

Outro exemplo de local em que a técnica de resgate de DNA está sendo usada é na área da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, onde houve muita perda florestal.

Depois disso, vem o passo da multiplicação de mudas, em que, através da enxertia, os pesquisadores unem duas plantas para criar uma só. Em seguida é feita a aplicação de hormônios, para acelerar o crescimento dessas novas mudas. Então, as novas plantas são levadas de volta para Brumadinho.

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Fonte: Redação Terra
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