Solo afunda mais 6 centímetros em 24 horas em área de mina da Braskem em Maceió
Deslocamento da terra na mina 18 deixa região em alerta máximo para risco de colapso
A Defesa Civil de Maceió, capital de Alagoas, emitiu um novo boletim na manhã desta segunda-feira, 4, a respeito do afundamento do solo na região da mina 18. O órgão informa que permanece em alerta máximo para o risco iminente de colapso da mina, que está na região do antigo campo do CSA, no bairro Mutange.
De acordo com a Defesa Civil, o deslocamento vertical acumulado da mina 18 é de 1,77m e a velocidade vertical reduziu para 0,25 cm por hora, apresentando um movimento de 6 cm nas últimas 24h. Os dados são baseados em análises sísmicas.
O local foi explorado para extração de sal-gema pela empresa Braskem durante anos, e apresenta um afundamento do solo com alto risco de colapso.
As autoridades recomendam que a população evite passar pela área desocupada até que a Defesa Civil atualize sobre a situação, enquanto medidas de controle e monitoramento são aplicadas para reduzir o perigo.
Área desocupada
A Braskem informou que a área de risco do mapa definido pela Defesa Civil de Alagoas está 100% desocupada. Restavam 23 moradores que ainda resistiam em permanecer nessa área, mas eles foram realocados pelo órgão municipal por uma determinação judicial.
A empresa também frisou que a área do bairro do Mutange, onde está localizada a mina 18, está totalmente desocupada desde abril de 2020.
O prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PL), disse que o crime ambiental causado pela Braskem é irrecuperável e impagável. "Os nossos problemas são reais, nunca estaremos satisfeitos com o que a Braskem fez com a nossa cidade. Esse dano que eles cometeram é impagável, é irrecuperável. Os danos sociais, psicológicos, olha o que está acontecendo, a cidade em pânico", afirmou o prefeito.