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200 toneladas de óleo foram recolhidas nas praias do Nordeste

Parte do material é incinerada; hipótese de que tenha sido lançado no mar por 'navio fantasma' ganha força nas investigações

14 out 2019 - 13h08
(atualizado às 14h10)
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BRASÍLIA - Um total de 198,5 toneladas de borra de petróleo já foi recolhido das praias do Nordeste brasileiro até esta segunda-feira, 14, apurou o Estado. O material retirado por equipes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), de agentes estaduais e municipais tem sido levado para aterros industriais. Parte dele é incinerada.

Manchas de óleo na praia de Lagoa do Pau, no município de Coruripe, em Alagoas, nesta quinta-feira, 10. Técnicos ambientais detectaram, nesta quarta-feira, 09, manchas de óleo na foz do Rio São Francisco, em Piaçabuçu, litoral sul de Alagoas
Manchas de óleo na praia de Lagoa do Pau, no município de Coruripe, em Alagoas, nesta quinta-feira, 10. Técnicos ambientais detectaram, nesta quarta-feira, 09, manchas de óleo na foz do Rio São Francisco, em Piaçabuçu, litoral sul de Alagoas
Foto: CARLOS EZEQUIEL VANNONI/AGÊNCIA PIXEL PRESS / Estadão

Já são 43 dias desde a primeira detecção do material. A preocupação neste momento é saber quanto do óleo ainda chegará às praias. Simplesmente não se sabe, neste momento, se a situação já está controlada ou quanto do petróleo ainda chegará ao litoral, dado que se trata de uma matéria pesada, que avança no fundo do mar.

A Marinha e a Polícia Federal ainda investigam a origem do problema. A hipótese de que o material pode ter sido lançado no mar por um "navio fantasma", embarcação clandestina que faria o contrabando de petróleo, ganhou força nas apurações.

Até a semana passada, 23 embarcações estavam no alvo das investigações.

O Ibama vai cobrar explicações da Shell sobre o aparecimento de barris no litoral do Nordeste atrelados à empresa. Paralelamente, o órgão pedirá cópia do laudo técnico da Universidade Federal de Sergipe (UFS) sobre o material que foi encontrado nos barris que chegaram ao litoral do Estado.

A Marinha informou que as manchas de óleo que chegaram às praias do Nordeste não são compatíveis com o material encontrado em amostra de barril da Shell.

Por meio de nota, a Shell afastou relação entre os barris e as manchas de óleo.

"A Shell Brasil esclarece que o conteúdo original dos tambores localizados na Praia da Formosa, em Sergipe, não tem relação com o óleo cru encontrado em diferentes praias da costa brasileira", diz o texto. "São tambores de óleo lubrificante para embarcações, produzido fora do País. O Ibama está ciente do caso."

Na semana passada, investigações da Marinha e da Petrobrás encontraram petróleo com a mesma "assinatura" do óleo da Venezuela nas manchas do litoral. Essa informação já havia sido comunicada ao Ibama.

O poluente já foi identificado em 161 pontos no litoral dos nove Estados da região.

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