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Ásia lidera investimentos em energia limpa, enquanto mundo pisa no freio

17 abr 2013 - 18h49
(atualizado às 21h30)
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China e Japão aumentaram em 2012 as investimentos em energias renováveis, mas os gastos totais mundiais caíram devido às incertezas econômicas e políticas no Ocidente, indica um estudo publicado nesta quarta-feira.

O informe anual da organização Pew Charitable Trusts constatou que a China desbancou os Estados Unidos como país com maior investimento em energia limpa, que aumentou 20% com relação ao ano anterior, a US$ 65,1 bilhões.

Mas os investimentos mundiais caíram 11% com relação ao ano anterior devido a uma série de fatores, entre eles os problemas econômicos na Europa, as reservas a respeito dos preços da energia na Alemanha e a incerteza sobre a extensão dos incentivos tarifários nos Estados Unidos, disse.

Ao mesmo tempo, a indústria da energia limpa instalou um recorde de 88 gigaWatts de capacidade no ano passado, enquanto os preços desta tecnologia caíram. "Isto é o interessante: tivemos uma queda dos investimentos, mas ainda assim continuamos tendo mais gigaWatts instalados do que já tivemos", disse Phyllis Cuttino, diretor do programa de energia limpa no Pew Charitable Trusts.

"Desta forma, o dólar investido está indo cada vez mais longe e isso é particularmente certo com a energia solar", disse. Pelo segundo ano consecutivo, a energia solar superou a eólica tanto em investimentos quanto em custos devido à acelerada diminuição dos preços.

No entanto, os preços mais baixos, junto com os custos para Estados Unidos e Europa dos subsídios do governo chinês, também causaram estragos em algumas empresas de energia solar. A chinesa Suntech, uma das maiores fabricantes de painéis solares do mundo, declarou falência no mês passado.

Segundo o informe, a produção de energia limpa no Japão aumentou 75% no ano passado, quando o governo fomentou a energia solar após o desastre nuclear de Fukushima como consequência do terremoto em março de 2011.

Apesar de o governo japonês anterior ter proposto que o país dependesse menos de energia nuclear, o premier Shinzo Abe, cujo conservador Partido Democrático Liberal venceu as eleições de dezembro, apoia este tipo de fonte energética.

O investimento sul-coreano em energia limpa aumentou 50%, embora o total tenha se mantido perto da margem inferior do das economias do G20. Este investimento também caiu na Índia e fortemente na Indonésia, onde o governo concentrou seu interesse na energia geotérmica.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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