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Avião Solar Impulse decola para última etapa de travessia pelos EUA

6 jul 2013 - 08h28
(atualizado às 08h35)
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<p>Avi&atilde;o solar Impulse deixou aeroporto Sky Harbor em Phoenix, nos EUA, na madrugada de quarta-feira</p>
Avião solar Impulse deixou aeroporto Sky Harbor em Phoenix, nos EUA, na madrugada de quarta-feira
Foto: AP

O avião experimental Solar Impulse decolou na madrugada deste sábado de Washington rumo a Nova York, na última etapa de sua travessia pelos Estados Unidos.

O suíço André Borschberg, que pilota de forma alternada a aeronave junto com seu compatriota Bertrand Piccard, está neste último trajeto no comando da aeronave, que decolou às 8h46 GMT (5h46 de Brasília) do aeroporto internacional de Washington-Dulles. A decolagem foi transmitida ao vivo pelo site do organizador, live.solarimpulse.com.

"Parece mentira que os nove meses de preparativos e os dois meses da missão Travessia da América estejam chegando ao fim", afirmam os organizadores no site.

Espera-se que a aeronave chegue ao aeroporto John F. Kennedy de Nova York às 6h GMT (3h de Brasília) de domingo.

Ao falar com o centro de imprensa da equipe, Piccard relatou que esperavam obter permissão para sobrevoar Nova York enquanto ainda há luz, para permitir que os moradores de Manhattan e Nova Jersey tenham a espetacular visão deste avião gigante.

Trata-se de uma aeronave de fibra de carbono, de 1,6 kg e de uma envergadora de 63,4 metros, equivalente à de um Boeing 747. =

A aeronave funciona com 12 mil células fotovoltaicas capazes de produzir eletricidade suficiente para recarregar sua bateria de lítio de 400 quilos, necessária para alimentar quatro motores elétricos com hélice de 10 cavalos de força cada um, tanto de dia quanto de noite.

A viagem do Solar Impulse através dos Estados Unidos começou no dia 3 de maio perto de San Francisco, na Califórnia (oeste). Depois, o avião se dirigiu a Phoenix (Arizona, sudoeste), Dallas/Fort Worth (Texas, sul), St Louis (Misssouri, centro), Cincinnati (Ohio, norte) e Washington (leste).

Voar acima da ponte Golden Gate, no início do périplo, é uma das melhores lembranças de viagem para Piccard, enquanto para Borschberg a aventura esteve marcada por episódios mais perigosos, como quando o vento se tornou um obstáculo para o bom funcionamento do avião.

A travessia dos Estados Unidos foi "mais difícil que o previsto devido ao tempo: ocorreram muitos tornados, tempestades, razão pela qual muitos de nossos voos foram adiados ou atrasados", acrescentou. "Apesar de tudo continua sendo um grande sucesso", disse.

O objetivo da viagem é a promoção de tecnologias que utilizam energias renováveis. "Nosso objetivo não é apenas cruzar os Estados Unidos, este projeto deve ser útil para a sociedade, para mostrar às pessoas como o mundo pode ser eficaz com a utilização de tecnologias limpas", explicou o suíço. Em cada escala, o avião ficou em exibição entre uma semana e dez dias, para que os interessados pudessem vê-lo e falar com os pilotos.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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