Degradação de floresta tropical será medida por brasileiros
A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e o Conselho de Pesquisa Ambiental do Reino Unido anunciam nesta terça-feira programa de apoio a pesquisas sobre a degradação de florestas tropicais.
Cientistas têm até o dia 16 de agosto para apresentar propostas de estudos comparados sobre a biodiversidade e funcionamento de ecossistemas de florestas tropicais no País e no Estado de Sabah, na Malásia.
O Programa sobre Processos da Biodiversidade e de Ecossistemas em Florestas Tropicais Modificadas pelo Homem, vai apoiar projetos de pesquisa de campo em Sabah, Malásia, e no Brasil. O trabalho vai investigar como as mudanças em florestas tropicais afetam a biodiversidade, os serviços ambientais e o clima.
O objetivo do programa no País é investigar se as metodologias e abordagens de pesquisa adotadas na Malásia podem ser aplicadas a estudos sobre efeitos das mudanças nas florestas sobre a biodiversidade e o funcionamento de ecossistemas de biomas no Brasil, como Cerrado e Pantanal. O investimento será de R$ 10 milhões ao longo de cinco anos.
Para o diretor-científico da Fapesp, Carlos Henrique de Brito Cruz, "os resultados de pesquisa científica darão subsídios ao manejo florestal e às decisões políticas de governos e da indústria sobre a conservação da biodiversidade e o aumento dos estoques de carbono nas florestas, que são objetivos-chave para o Brasil no programa Redd, da ONU, para redução de emissões pelo desmatamento e da degradação de florestas em países em desenvolvimento".