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Dizendo estar triste com a repercussão de incêndios, Bolsonaro avalia visitar Amazônia

A interlocutores, o presidente também se queixou da posição do presidente francês Emmanuel Macron, que associou a crise ao governo Bolsonaro

25 ago 2019 - 15h08
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BRASÍLIA - O presidente Jair Bolsonaro tem revelado tristeza com o noticiário sobre os incêndios na floresta amazônica, em conversas com interlocutores nos últimos dias. Bolsonaro entende que as queimadas já vinham ocorrendo e enxerga um exagero na repercussão negativa que tem sido dada sobre ele. A um aliado próximo, o presidente disse que talvez viaje à região amazônica. Oficialmente, não há ainda nenhuma viagem prevista.

Em coletiva de imprensa no sábado, 24, os ministros da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, e do Meio Ambiente, Ricardo Salles, destacaram a preocupação do presidente Bolsonaro em conter a devastação causada pelo fogo e por crimes ambientais na Amazônia. A decisão de enviar as Forças Armadas foi citada como prova disso. Interlocutores do presidente também frisam essa medida.

A interlocutores, o presidente também se queixou da posição do presidente francês Emmanuel Macron, que associou a crise ao governo Bolsonaro.

Incêndio no Estado de Rondônia neste sábado, 24
Incêndio no Estado de Rondônia neste sábado, 24
Foto: Greenpeace/ Divulgação / Estadão

Na quinta-feira, 22, Macron tuitou sobre os incêndios na Amazônia e convocou os líderes do G-7 a discutirem o assunto no encontro deste fim de semana. Revelou a intenção de obstruir um acordo comercial entre a União Europeia e o grupo Mercosul dos países sul-americanos para pressionar o Brasil contra incêndios florestais. O gabinete presidente francês chegou a afirmar que o presidente brasileiro mentiu quando minimizou preocupações com a mudança climática na cúpula do G20 no Japão em junho.

Bolsonaro, neste domingo, 25, compartilhou em uma rede social um vídeo gravado no encontro o G-7, em Biarritz, na França, em que a chanceler alemã, Angela Merkel, diz que vai ligar para o chefe do Executivo brasileiro na próxima semana.

"Já avisei que vou ligar para ele na próxima semana para não dar a impressão de que estamos contra ele", disse Merkel, sentada à mesa de reunião ao lado do presidente da França, Emmanuel Macron, e do primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson.

Então Macron pergunta a quem Merkel estava se referindo e ela responde: "Bolsonaro". "Nós vamos ligar para ele", disse Macron. A conversa gravada, veiculada na conta do Twitter do presidente, traz uma legenda que diz "Biarritz, 24 de agosto".

Junto com o vídeo compartilhado em rede social, Bolsonaro escreveu uma mensagem dizendo que a "crise só interessava aos que querem enfraquecer o Brasil" e agradeceu às "dezenas" de chefes de Estado que o ouviram e ajudaram a "superar" essa crise.

"Somos uma das maiores democracias do mundo, comprometidos com a proteção ambiental e respeitamos a soberania de cada país", disse o presidente.

Bolsonaro ainda afirmou que, desde o princípio, buscou o diálogo com os líderes do G-7, assim como com a Espanha e o Chile, que participam do encontro como convidados. "O Brasil é um país que recupera sua credibilidade e faz comércio com praticamente o mundo todo", disse.

Agenda. Neste domingo, a agenda oficial do presidente Jair Bolsonaro teve apenas uma reunião, às 11h40, com o ministro-chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República, Luiz Eduardo Ramos, no Palácio da Alvorada. O presidente não deixou o Alvorada ainda neste domingo.

Estadão
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