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Em iniciativa pioneira, ribeirinhos captam e utilizam energia solar na Amazônia

Sistema de 132 painéis, implementado em cidade próxima de Manaus, garante luz para 32 familias

5 set 2021 - 02h01
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Na comunidade de ribeirinhos de Santa Helena do Inglês, localizada a 40 quilômetros de Manaus, uma iniciativa pioneira leva conforto e praticidade aos moradores que sonhavam com uma convivência sustentável com o ambiente amazônico. Desde junho, ribeirinhos locais começaram a receber luz de um sistema de captação de energia solar.

Integrante também da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Rio Negro, no município de Iranduba (AM), o projeto é parte de um programa chamado "Sempre Luz", uma parceria da Fundação Amazônia Sustentável (FAS) com a empresa Unicoba.

De acordo com o projeto, o sistema foi instalado em todas as casas e propriedades privadas, além de consumidores de energia como igreja, centro comunitário, escola e iluminação pública. A luz por energia solar beneficia 32 famílias, cerca de 100 pessoas, que moram na comunidade, por meio de uma solução de tecnologia considerada inovadora e sustentável e aprovada pelos ribeirinhos e comunidades indígenas.

O sistema de captação solar tem 132 painéis, 54 baterias de lítio e 9 inversores híbridos de última geração, informam os técnicos da FAS. A central de energia solar fica em uma área aberta da comunidade. O projeto está ainda na fase piloto, mas já em funcionamento, fornecendo energia do sol para Santa Helena do Inglês.

De acordo com informações da FAS, as baterias de lítio apresentam vantagens em relação às de chumbo, que também são usadas nos sistemas. A FAS sustenta que o material é menos agressivo, tem maior durabilidade, segurança e a tecnologia permite o monitoramento remoto e a garantia de seu correto funcionamento.

O projeto pretende avaliar e documentar o uso como forma de validar a utilização do sistema também em outros locais. Pelos planos da FAS, a ideia é que até dezembro a energia solar alcance outras comunidades, como Boa Frente, na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Juma, em Novo Aripuanã, além da comunidade do Bauana, RDS de Uacari, em Carauari; e na aldeia Munduruku, em Nova Olinda do Norte.

Estadão
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