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Negacionistas usam fake news para atacar Cúpula do Clima

Os cientistas têm verificado que eventos climáticos extremos se tornaram cada vez mais frequentes

8 nov 2021 - 05h12
(atualizado às 07h14)
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Em Glasgow, no Reino Unido, representantes de cerca de 190 países se reúnem na COP-26, a Conferência do Clima da ONU, para definir estratégias de enfrentamento à ameaça real das mudanças climáticas. Nas redes sociais, no entanto, grupos negacionistas semeiam dúvidas sobre um tópico sobre o qual há forte consenso científico: a interferência humana no aquecimento do planeta.

Protesto em frente ao local que sedia a COP26 em Glasgow, na Escócia
Protesto em frente ao local que sedia a COP26 em Glasgow, na Escócia
Foto: Ewan Bootman/NurPhoto / Reuters

No Facebook, voltou a circular uma foto histórica, da época da instalação da Usina de Itaipu, que mostra o Rio Paraná seco. A postagem enganosa afirma que crises hídricas como a que o País vive agora - a pior dos últimos 91 anos - sempre existiram. A imagem do rio esvaziado, no entanto, foi feita quando a obra da hidrelétrica foi finalizada e as comportas foram fechadas para enchimento do reservatório.

Outra foto antiga, de uma seca nas Cataratas do Iguaçu na década de 1970, também foi utilizada por desinformadores para afirmar que a natureza é cíclica. Mas o fato é que, embora o Parque Nacional do Iguaçu tenha enfrentado secas no passado, os cientistas têm verificado que temperaturas mais altas e eventos climáticos extremos se tornaram cada vez mais frequentes em todo o planeta. Somente neste ano, foram registradas enchentes na Alemanha e na China, ondas de calor nos Estados Unidos e na Espanha e incêndios florestais na Turquia e na Rússia.

Negacionistas do clima também apostam na estratégia de "atirar no mensageiro" - ou seja, atacar ativistas que alertam sobre a urgência da crise climática. Txai Suruí, brasileira de 24 anos que discursou na COP-26, foi alvo nesta semana de postagens que questionavam seu pertencimento indígena.

Estadão
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