Países asiáticos aprovam sistema para rastrear poluição atmosférica
Os dez países-membros da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean) aprovaram nesta quarta-feira, em Brunei, a criação de um sistema de rastreamento da poluição atmosférica, como a causada pelos incêndios ocorridos em Sumatra este ano e que deixou em alerta Indonésia, Malásia e Cingapura.
Os governantes dos três países realizaram uma breve cúpula trilateral em Bandar Seri Begawan para reafirmar seu propósito de lutar de forma conjunta contra a poluição criada pelos incêndios florestais que acontecem todos os anos na ilha de Sumatra, na Indonésia.
O primeiro-ministro de Cingapura, Lee Hsien Loong, expressou sua disposição de "trabalhar em um acordo trilateral que garanta práticas sustentáveis e minimize os danos" e opinou que é necessário ir "além do acompanhamento" da poluição e perseguir os culpados.
Mais de 10 mil pessoas sofreram com infecções respiratórias agudas na província indonésia de Riau em junho pelos incêndios em Sumatra.
Segundo um estudo do World Resources Institute, mais de 1,5 mil quilômetros quadrados de florestas foram queimadas em Riau em junho. A maioria dos focos foram originados em incêndios criminosos e em áreas protegidas, como o Parque Nacional Tesso Nilo.
Todos os anos, centenas de incêndios acontecem em Sumatra e Bornéu, alguns deles são parte da prática habitual dos agricultores para preparar o terreno para o plantio. Outros são causados para abrir espaços de florestas para dar lugar às grandes plantações, como as de palma para produção de óleo.
A Asean, fundada em 1967, é formada por Mianmar, Brunei, Camboja, Filipinas, Indonésia, Laos, Malásia, Cingapura, Tailândia e Vietnã.