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Tinta sustentável: fábrica busca destaque no ramo com mecanismo milionário; conheça

Terra conferiu de perto o sistema utilizado pela Suvinil, que se mobiliza para migrar toda a sua produção para um modelo ‘mais verde’

8 jan 2024 - 05h00
(atualizado às 05h00)
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Resumo
A BASF investiu R$ 50 milhões na modernização de seu Complexo Industrial de São Bernardo do Campo (SP), reduzindo o número de matérias-primas necessárias para a produção de tintas de 25 para 15. Uma análise feita pela Fundação Eco+ mostra que foi alcançada uma redução de 65% na pegada de CO2 no meio ambiente.
Fábrica da Suvinil em São Bernardo do Campo
Fábrica da Suvinil em São Bernardo do Campo
Foto: Reportagem Terra

Ela está por todas as partes: dentro das nossas casas ou do nosso trabalho, para onde olhamos há tinta colorindo o ambiente. A BASF, empresa química alemã, é responsável pela produção das tintas Suvinil e da Glasu! aqui no Brasil, além de alguns vernizes, resinas e outras tintas automotivas. Em visita à fábrica localizada em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, a reportagem do Terra pôde acompanhar a nova ‘aposta verde’ da empresa: um sistema milionário que reduz consideravelmente o impacto ao meio ambiente.

Com foco na pauta ambiental, a BASF investiu R$ 50 milhões para a modernização do Complexo Industrial de São Bernardo do Campo (SP). O dinheiro foi utilizado para desenvolver um sistema próprio de otimização de produção de tintas da marca, reduzindo de 25 para 15 o número de matérias-primas necessárias para a fabricação de tintas. 

Para além do maquinário e ferramentas de medição, Ricardo Gazmenga, diretor de operações do Complexo de Tintas e Vernizes, enumera uma série de decisões que não só tornaram o processo mais sustentável e rentável para a BASF, como mudaram diretamente o modo como as tintas são produzidas, melhorando, inclusive, o cotidiano dos funcionários.

Uma das decisões se dá pela escolha de insumos à base de água, ou seja, que não possuem solventes na formulação. Dessa forma, são emitidos menos gases poluentes no ar. Ricardo Gazmenga ressalta ainda que, além de mais barata de produzir para a empresa, a pigmentação e durabilidade não foram afetadas. “Pelo contrário, conseguimos uma qualidade equivalente e sem o cheiro forte de solvente”, disse, acrescentando que o Complexo de São Bernardo do Campo já passa por processo de migração, e que futuramente a produção será toda à base de água.

Complexo da BASF em São Bernardo do Campo
Complexo da BASF em São Bernardo do Campo
Foto: Divulgação BASF

Outra decisão da marca, apesar de encontrar-se em forma embrionária, é referente às embalagens, que estão sendo reformuladas para serem recicladas. Sendo assim, quando chegarem ao mercado, o consumidor saberá que a tinta tem menor impacto ambiental.

Levanto todos os fatores em consideração, foi realizada uma análise de ecoeficiência pela Fundação Eco+, que vai desde a extração de matérias-primas até o produto final acabado. Com isso, chegou-se à conclusão que o sistema da empresa, baseado no maquinário e nas ‘decisões verdes’, alcançou alguns pontos positivos: o primeiro, por conta do uso de menos matéria-prima, estima-se uma redução de 65% na pegada de CO2 no meio ambiente.

Isso também representará um importante fator de recuperação das margens financeiras da companhia e maior competitividade no mercado. Além de, como citado anteriormente, um impacto menor à saúde dos trabalhadores da fábrica.

“Nossa expectativa é que o projeto se pague em dois anos”, Marcos Allemann, vice-presidente da BASF para América do Sul. “Além disso, nossos funcionários ficarão menos expostos a materiais químicos e ruídos sonoros, bem como terão melhorias ergonômicas para realização de suas atividades”, complementa Gazmenga.

O que mais você precisa saber

Com mais de 111 mil funcionários, a BASF diz ter responsabilidade com um futuro sustentável. A empresa atua em seis segmentos: produtos químicos, materiais, soluções industriais, tecnologias de superfície, nutrição, cuidados e soluções agrícolas.

Em parceria com a Fundação Eco+, a empresa alemã implementa há 13 anos o programa Demarchi+Ecoeficiente, cujo foco é mapear práticas que possam diminuir o impacto ambiental e, ao mesmo tempo, aumentar a produtividade dentro de uma gestão de melhoria contínua.

A Fundação Eco+, instituída e mantida pela BASF desde 2005, é uma consultoria e centro de pesquisa em sustentabilidade que atua na América do Sul. Com foco em mensuração, ela orienta negócios e empresas que pensam no longo prazo e querem desenvolver seus valores econômico, social e ambiental de forma integrada.

Fonte: Redação Terra
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