Tráfico ilegal de axolote preocupa Ibama e pode causar desequilíbrio ambiental
Anfíbio mexicano se popularizou, mas venda é proibida no Brasil e pode gerar multa de R$ 5 mil
O axolote, anfíbio mexicano, está ameaçado de extinção e pode representar riscos ao ecossistema brasileiro.
O axolote, um anfíbio de origem mexicana, está ameaçado de extinção, e também pode se tornar uma ameaça ao ecossistema brasileiro. O animal se popularizou, principalmente entre as crianças após sucesso de jogos como Minecraft, e muitas pessoas acreditam que ele pode ser um bicho de estimação. No entanto, a venda desses animais é proibida no Brasil.
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A comercialização dos axolotes é considerada crime ambiental no Brasil, e está sujeita a uma multa de R$ 5 mil por animal apreendido. Mesmo assim, não é raro encontrar ofertas de vendedores e criadores.
Em uma reportagem exibida pelo Fantástico, da TV Globo, neste domingo, 24, o porta-voz do Ibama, Isaque Medeiros Siqueira, contou que, muitas vezes, esses animais são trazidos em bagagens desacompanhadas ou até pelos Correios.
“Muitas vezes eles entram em bagagens desacompanhadas ou até mesmo via correios, onde eles são camuflados em encomendas e acondicionados em sacos plásticos minúsculos com um pouco de oxigênio para que ele possa aguentar o transporte”, revela.
O preço de um axolote no mercado clandestino pode ser de até R$ 450, em média.
Um dos maiores riscos que ele representa ao ecossistema brasileiro é o descarte, que se tornou uma preocupação para o Ibama. “A gente tem acompanhado isso não só com esse risco com os axolotes, mas também com várias outras espécies em que várias pessoas, ao adquirirem esses animais, depois de um tempo, quando eles crescem, ocupam um espaço maior, essas pessoas acabam não querendo ter todo esse gasto de cuidado”, diz Siqueira.
Uma vez que o animal é introduzido no ambiente natural, no Brasil, pode competir por recursos naturais, como alimento, com outras espécies nativas. Isso gera um risco significativo de levar ao desaparecimento de espécies brasileiras, o que acabaria impactando toda a cadeia natural do ecossistema, segundo o Ibama.