Diário de
Bordo
Sexta-feira,
6 de outubro
Ecovoluntários
ajudam a identificar "impressão digital" das jubartes
Cristina
Bodas e
Rogério Lorenzoni (fotos), direto
de Abrolhos
Mesmo
estando em terra, o trabalho dos ecovoluntários continua. Na sede
do Projeto Baleia Jubarte, em Caravelas, eles auxiliam no trabalho de
identificação das baleias avistadas durante o cruzeiro de
pesquisa. Hoje foi a minha vez de aprender a diferenciar as baleias pelas
caudas, que são fotografadas. A composição das marcas
brancas e pretas é diferente em todas elas, o que faz da cauda
uma espécie de impressão digital da jubarte. Pela fotoidentificação,
o projeto tem catalogado cerca de 900 baleias.
Um outro trabalho
feito hoje no projeto foi a marcação na carta náutica das
posições das baleias que foram avistadas. A partir disso, pudemos
ver, por exemplo, que as baleias com filhotes localizadas durante o nosso cruzeiro
estavam todas numa área onde as águas são mais rasas, provavelmente
porque buscavam uma temperatura mais alta ou um local mais abrigado.
Navegar pelo mar
avistando baleias pode parecer fascinante, aventureiro, romântico até.
Mas a maior parte do trabalho de pesquisa é resultado de horas e horas
na sede do projeto anotando informações, inserindo-as no computador,
confrontando dados. A partir daí é que se pode ter uma noção
geral do comportamento desses mamíferos marinhos e auxiliar na preservação
deles.
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