Projeto
faz "censo" das baleias em Abrolhos
Fotoidentificação, análise de DNA e monitoramento do turismo são algumas das atividades
desenvolvidas pelos profissionais do Projeto Baleia Jubarte para garantir a preservação
desse cetáceo que está na Lista Oficial de Espécies Ameaçadas de Extinção do Ibama
- a população mundial das baleias jubarte antes da caça era de cerca de 150 mil,
estando estimada hoje em apenas 25 mil em todos os oceanos.
A
fotoidentificação - técnica que consiste na fotografia das nadadeiras caudais
das jubartes - permite catalogar as baleias da região de Abrolhos. Nessa espécie,
o padrão de manchas da nadadeira é diferente em cada animal, como uma impressão
digital humana. Com base nesse estudo, representantes do Projeto avaliam que aproximadamente
mil baleias formam a população de jubartes que se reproduzem na região.
Já
a partir da análise de DNA, feita em pequenas quantidades (cerca de 5 cm) de pele
do animal, é possível obter informações sobre as rotas migratórias e intercâmbio
genético entre populações, por exemplo. A coleta de amostras é feita com a balestra,
um instrumento similar a um arco e flecha que não prejudica o animal. Conhecer
melhor as baleias jubarte que passam alguns meses do ano na região de Abrolhos
não é o suficiente para garantir a preservação da espécie.
Para
se ter uma idéia, o ruído provocado pelos motores de barcos freqüentemente
causam a interrupção da amamentação e podem até
fazer com que algumas baleias abandonem a área de reprodução.
Para evitar essa interferência no ciclo reprodutivo das jubartes, o Projeto
- financiado pela Petrobras - faz um monitoramento do turismo, com palestras e
visitas técnicas às embarcações.
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