Nasdaq
vira vedete
da TV americana
Ernani
Assunção,
de Nova York
A televisão norte-americana logo encontrou maneiras de
aproveitar as mudanças geradas pelo boom da economia. Assim
como o aumento no número de pessoas físicas investindo
no mercado financeiro, cresceu também a demanda por serviços
de informação sobre as bolsas e as empresas nela
listadas.
Em um curto espaço de tempo, novas publicações
direcionadas para este tipo de público surgiram, a tiragem
dos tradicionais jornais de conteúdo financeiro dobrou,
a Internet fez sua parte com o aparecimento de vários portais
especializados em economia e os canais de tevês foram obrigados
a abrir mais espaço para o assunto.
Não demorou muito para as emissoras desenvolverem canais
com programação voltada única e exclusivamente
para o público interessado em notícias do mundo
financeiro. Gigantes como NBC e CNN lançaram seus canais
a cabo mirando este tipo de audiência. CNBC e CNNfn se juntaram
à Bloomberg Television, que já tinha o nome consolidado
por fazer o mesmo tipo de trabalho no rádio. Usando gráficos
claros e uma linguagem simples e ágil, a filha mais nova
da TV aberta mais assistida do país, a CNBC, se tornou
rapidamente uma das líderes de audiência do período
diurno.
Um dos repórteres de maior destaque da CNBC é o
especialista em Nasdaq, Tom Costello. Com a espontaneidade de
quem conhece muito o assunto, Tom conquistou não só
os telespectadores como os colegas de trabalho. Dentro da Nasdaq,
onde passa cerca de 10 horas por dia, ele é visto como
exemplo pelos outros jornalistas. "Todos acabam pegando um
pouco do estilo dele, bem à vontade para falar de um assunto
que pode ser tão chato" diz uma repórter da
CNNfn.
O jornalista de 36 anos chega a fazer mais de 15 entradas ao vivo
por dia. "Na verdade eu passo o dia lendo e conversando com
alguns analistas sobre o que está acontecendo com as empresas",
diz. "Depois eu conto para as pessoas tudo o que eu sei da
maneira mais simples possível".
Tom Costello começou a carreira em Denver, Colorado, onde
trabalhou na cobertura de notícias locais por oito anos.
Depois disso foi para a Europa onde ficou três anos como
correspondente-chefe da rede NBC. Há pouco mais de um ano,
a empresa lhe fez uma proposta para voltar aos EUA e ser o homem
deles na Nasdaq. "Uma chance irrecusável", diz.
Tom faz questão de dizer que a Nasdaq, além de ser
o assunto do momento, "é o que faz o meu trabalho
ficar interessante", referindo-se às histórias
de fusões e aquisições milionárias
que acontecem na bolsa eletrônica quase todos os dias.
Volta
|