Ao
contrário da loucura que se vê no pregão da
NYSE (Bolsa de Nova York), no prédio da Nasdaq impera o
silêncio. Do lado de fora está um dos pontos mais
movimentados do mundo, a famosa Times Square.
Lá dentro não há corretores, apenas os jornalistas
das redes de televisão a cabo especializadas no assunto
(CNNfn, CNBC e Bloomberg), que transmitem boletins diários
sobre a performance do mercado. Atrás deles, em tempo real,
fica um painel que mostra o nome das empresas de maior destaque
do dia e o volume de negociações com as setinhas
apontando para a valorização ou desvalorização
das suas ações.
O centro de operações da Nasdaq fica a cerca de
90 km de Manhattan, na cidade de Trumbull, no Estado de Connecticut.
É onde estão os computadores que executam as transações.
Compra e venda de ações são feitas por meio
de 400 mil terminais localizados nas corretoras de vários
países.
No coração da ilha de Manhattan está concentrada
a estratégia de autopromoção. Tudo foi criado
para impressionar o turista. Pagando US$ 7 o visitante tem direito
a um tour pelo prédio mais uma apresentação
high-tech interativa sobre o mercado eletrônico. E como
Estados Unidos é o país do consumo, não poderia
faltar a lojinha vendendo camisetas, chaveiros, pôster e
etc.
Cada vez mais os turistas que visitam Nova York se interessam
pelo painel eletrônico de formato cilíndrico situado
bem na fachada do prédio. Com a altura de um prédio
de oito andares e medindo 70 metros quadrados, o painel de US$
34 milhões indica o movimento das ações.
Motivos para querer saber o que se passa no mercado não
faltam. Segundo o Federal Reserve, o banco central dos EUA, os
norte-americanos têm hoje cerca de US$ 13,3 trilhões
investidos no mercado financeiro. Este valor corresponde a 32%
da riqueza doméstica. A Nasdaq gera um volume anual de
negócios de US$ 11 trilhões, número 14 vezes
maior que o PIB brasileiro.