A asma é uma doença inflamatória crônica das vias
aéreas. Das crianças que têm asma, 90% começam a
sentir os sintomas antes dos 5 anos de idade e,
metade dessas, no primeiro ano de vida. Os sintomas
são tosse, cansaço e chiado ao respirar, que podem
ser de grande, média ou pequena intensidades e se
manifestam especialmente pela manhã e à noite. Ao
identificar um estímulo indesejado, como pó, poluição
ou mudanças climáticas, os brônquios se fecham
totalmente para impedir a entrada de qualquer corpo
estranho. Na expectativa de limpar o organismo desse
mal, ele também produz muita secreção e a
combinação entre esses fatores dificulta e, por vezes
impede, a respiração.
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Independente da causa da crise asmática, os
sintomas são os mesmos. Um aperto no peito, tosse
crônica sem motivo, falta de ar e ausência de fôlego.
Um grande indício de que os sintomas estão
associados à asma e não a qualquer outra doença
respiratória é que só no primeiro caso eles são
completamente eliminados logo que o paciente faz
uso de bronquiodilatadores - remédios que fazem os
brônquios se abrirem para a passagem de ar
novamente. Quando a tosse ou a falta de ar são
causadas por outras doenças, a inalação não gera
efeito algum. Os sintomas podem ser leves,
moderados ou graves, depende da intensidade da
crise, e são reversíveis, o que torna a doença
controlável, apesar de não ter cura. Aspectos
psicológicos podem agravar ou até gerar uma crise,
mas não são causadores da doença.
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A bronquite, diferentemente do que se costuma dizer,
é uma doença que acontece apenas com adultos,
segundo a médica Zuleid Mattar. "São pacientes
geralmente acima de 40 anos. A maioria já fumou ou
tem muito contato com poluição ambiental que leva à
alteração da textura do brônquio", explica. Segundo a
especialista, quando o caso é de bronquite, inalar o
broncodilatador não minimiza os sintomas.
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As pessoas com asma têm mais tendência a ter rinite.
A associação é grande porque as mucosas do pulmão
e do nariz são semelhantes e essas duas estruturas
estão interligadas. Portanto, se há irritação no
pulmão, dificilmente os anticorpos do nariz vão deixar
de responder também. A sinusite é uma infecção no
seio da face, provocada por bactéria e curável e
também aparece em asmáticos.
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A asma é uma doença transmitida dos pais para os
filhos por uma série de genes, mas que se manifesta
a partir de um estímulo externo. A intensidade da
condição vai depender de fatores também já
determinados geneticamente. Sempre que um
indivíduo nascer com essa mutação, a asma vai se
manifestar, mais cedo ou mais tarde.
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Não necessariamente a asma se manifesta ainda na
infância. Algumas pessoas só começam a perceber os
sintomas mais tarde, mas é provável que já os
tivessem mais cedo e só não os diagnosticaram como
asma. De acordo com Zuleid, cerca de 90% das
pessoas que são identificadas como asmáticas
tiveram algum indício leve na infância, mas só
sentiram o agravamento mais tarde. As crianças que
apresentam sintomas muito cedo tendem a evoluir
melhor, abrandando a doença.
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Qualquer elemento que seja estimulante para a via
aérea pode ser causador de asma, desde um cheiro
muito forte - como a gasolina em um posto de
combustíveis -, até a poeira ou a fumaça do cigarro. O
que desencadeia a crise é o contato com o fator de
irritação, que pode ser uma alergia àquela substância,
mas pode ser apenas um incômodo, ou uma sinusite
ou até stress intenso.
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O clima frio e seco é um grande inimigo do asmático,
pois o ar entra frio na via aérea agredindo o sistema
respiratório. É recomendado que pessoas com asma
que façam exercício físico o realizem em ambiente
aquecido e tomem medidas preventivas, como manter
a bombinha por perto. Já locais como saunas, quentes
e úmidos, são ideais para o asmático, pois o ar entra
aquecido, causando menor irritação.
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A crise na criança é mais evidente, já que sua via
respiratória é menor e ela é mais sensível a estímulos
externos. O sistema imunológico do pequeno é frágil e
ainda não está "treinado". Outro fator que contribui
para ser mais frequente a crise na criança é que os
adultos também tendem a dar mais atenção aos
pequenos que a si próprios, percebendo os sintomas
mais rapidamente.
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A cura não existe, mas é comum que os sintomas da
asma desapareçam por um período e voltem mais
tarde. Há aqueles indivíduos que têm poucas crises
durante o ano, porque não têm acesso aos fatores
estimulantes com tanta frequência. Metade das
crianças que apresentam sintomas de asma vê essas
sensações desaparecerem, mas elas tendem a voltar.
Se a asma aparece depois dos 7 ou 8 anos, é mais
rara a diminuição de intensidade dos sintomas.
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Cerca de 250 mil pessoas morrem no mundo todos os
anos vítimas de crises de asma. No Brasil são mais
de 2,5 mil óbitos por ano. Como nem todas as mortes
por crise asmáticas são corretamente catalogadas
como tal, os especialistas imaginam que o número
seja consideravelmente maior. A morte acontece por
asfixia, já que os brônquios se fecham durante a crise,
impedindo a entrada de oxigênio.
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A mãe que tem asma e não toma as devidas
precauções pode prejudicar o bebê. Quando falta
oxigênio para a gestante - durante uma crise -, essa
ausência também vai ser sentida pelo feto, que pode
ficar com problemas. Por isso, mesmo durante a
gestação, a mulher asmática não pode deixar de usar
medicamentos.
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