Foto: Elza Fiuza - Agência Brasil
Normalmente, o tratamento é feito com broncodilatadores de longa duração e corticoides inalatórios, que são usados diariamente, e broncodilatadores de curta duração e corticoide via oral, que são administrados durante as crises. As dosagens são pensadas de acordo com o grau da doença de cada paciente e não devem ser mudadas sem a recomendação médica. Os medicamentos distribuídos nas farmácias populares são: Sulfato de Salbutamol 5 mg/ml - Solução Inalação 1 (um) mililitro 0,88 0,88, Sulfato de Salbutamol 100 mcg/dose - Administração pulmonar, inalador doseado 1 (uma) dose 0,10 0,10, Brometo de Ipratrópio 0,25 mg/ml - Administração pulmonar, solução para inalação 1 (um) mililitro 0,27 0,27, Brometo de Ipratrópio 0,02 mg/dose - Administração pulmonar, inalador doseado 1 (uma) dose 0,06 0,06, Dipropionato de Beclometasona 50 mcg/dose - Administração pulmonar, inalador doseado 1 (uma) dose 0,13 0,13, Dipropionato de Beclometasona 200 mcg/cápsula - Administração pulmonar, cápsulas inalantes 1 (uma) cápsula 0,25 0,25, Dipropionato de Beclometasona 200 mcg/dose - Administração pulmonar, inalador doseado 1 (uma) dose 0,25 0,25, Dipropionato de Beclometasona 250 mcg/dose - Administração pulmonar, inalador doseado 1 (uma) dose 0,15 0,15
Todo paciente de asma tem direito aos medicamentos para controle da doença gratuitamente distribuídos pelo Ministério da Saúde através das farmácias populares. Qualquer drogaria sinalizada com o adesivo do programa está habilitada a distribuir os remédios. Para obtê-los, o paciente deve apresentar CPF, documento de identidade e receita válida (recente). Para os que não podem se deslocar pessoalmente a um ponto de coleta, é preciso fazer uma autorização para que um terceiro possa recolher os medicamentos em seu nome.
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O ambiente onde o asmático vive é importantíssimo para o controle da doença. Em geral, asmáticos são alérgicos a ácaros e poeira. Tapetes, carpetes, bichos de pelúcia, cobertores com muitos pelos e assemelhados devem ser evitados ao máximo. Se o paciente conviver muito em ambientes com ar condicionado, é importante tomar cuidado se o filtro do aparelho está sendo trocado a cada seis meses, pois essas estruturas acumulam fungos e sujeiras que podem ser muito prejudiciais ao asmático. Uma vida saudável ajuda muito a manter a asma estabilizada. Praticar exercícios físicos que fortaleçam e alonguem a musculatura do tórax ajudam na respiração. Fazer natação é muito bom, desde que a piscina não tenha cloro - pois o cheiro forte pode causar uma crise - e que seja aquecida. Algumas pessoas com asma têm crises desencadeadas pela realização de exercícios físicos, mas nem por isso devem deixar de fazê-los. A recomendação médica é de que usem broncodilatadores de longa duração antes de começar a atividade.
Se uma mulher com asma fica grávida, o tratamento não muda muito, segundo a pneumologista do Sírio-Libanês Elnara Negri, mas é preciso tomar alguns cuidados. Especialmente na fase final da gestação, o aumento da barriga pode comprimir o tórax e piorar a asma. A preocupação é, não só com a saúde da mãe, mas também com a quantidade de oxigênio recebida pelo bebê, por isso, é comum monitorar os batimentos cardíacos do feto. Quanto aos remédios, nenhum deles apresenta contraindicação para a gestante. Apenas em casos de infecção, alguns antibióticos não são recomendados. Por isso, o acompanhamento de um médico é fundamental durante toda a gravidez.
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Crianças com menos de 2 anos que produzam algum barulho para respirar são chamados de bebês chiadores, pois não é possível diagnosticar se são asmáticos ou se o problema é decorrente de outra condição, como o refluxo estomacal, por exemplo, ou alguma doença viral. Por isso, remédios para asma não são recomendados para bebês nessa faixa, já que seus pulmões não estão totalmente desenvolvidos. A partir do segundo ano de vida já é possível identificar a asma e o tratamento é o mesmo que o do adulto, sendo alteradas apenas as doses. Se bem controlada a asma, a frequência das crises será menor e a criança poderá brincar e se desenvolver normalmente.
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Não existe alergia ao tratamento de asma. No entanto, os corticoides de inalação tendem a diminuir levemente as defesas do local onde passam e isso pode acarretar a colonização de fungos na garganta e na boca, provocando coceira e irritação. Para evitar esse mal, é recomendado que o paciente asmático limpe bem a boca depois de utilizar esse medicamento. Outro cuidado é com os pacientes asmáticos com idade mais avançada e com alguma descompensação da pressão arterial tratada com medicamentos. Nesses casos, os remédios para asma podem provocar taquicardia e mais tosse. Quando isso acontece é comum os pacientes se automedicarem com xaropes para tosse, que contém substâncias que podem piorar o problema. O ideal nesses casos é procurar o médico e relatar as sensações adversas ao tratamento.
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As bombinhas não viciam. As pessoas ficam com essa impressão, pois o remédio é fundamental para resolver a falta de ar dos asmáticos, principalmente as crises. O que existe e é perigoso é o paciente achar que está melhorando por conta do medicamento e interromper o tratamento ou não dar importância a uma crise. Outro problema pode ser o contrário. O uso exagerado do broncodilatador pode dar a falsa impressão de que se está melhorando e mascarar uma inflamação no brônquio que, quando houver uma crise, pode impedir que a estrutura se abra para a entrada de ar, levando à morte. Por esses motivos, as doses recomendadas pelos médicos devem ser sempre respeitadas.
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Não há um alimento específico que possa ajudar no controle da doença, mas alguns cuidados com a dieta podem minimizar seus danos. Quando o paciente tem sobrepeso, ele aumenta a chance de refluxo - quando o ácido do estômago volta para o esôfago, causando azia - e isso pode precipitar uma crise. Algumas substâncias associadas ao tecido adiposo - de gordura - propiciam a formação de inflamações, o que pode provocar complicações no pulmão do paciente asmático. Fumar é ainda mais prejudicial para quem tem a doença e deve ser evitado ao máximo. Também a ingestão de alimentos com muito sódio e corantes pode estar associada às crises asmáticas e, por essa razão, é melhor manter o asmático longe de salgadinhos e sucos industrializados que sejam ricos nessas substâncias.
Sim. O número de casos de asma tem aumentado consideravelmente e há estudos que apontam a culpa para a poluição urbana. Tanto a irritação causada pelas substâncias que ficam no ar como também a fuligem que é aspirada nas grandes metrópolis ocasionam inflamações crônicas no sistema respiratório e podem piorar muito a crise do asmático. Em algumas cidades como São Paulo, diz a médica do Sírio-Libanês, respirar essa poluição equivale a fumar entre cinco e dez cigarros em um único dia. Para se prevenir desse mal, o paciente com asma deve ingerir grandes quantidades de água e cuidar a quantidade de vitamina D no sangue, já que a poluição diminui a incidência do sol, que é grande responsável pela produção dessa substância no organismo. Também é preciso evitar fazer exercícios físicos ao ar livre entre as 10h e às 16h em cidades com grande grau de poluição, pois o sol forte aumenta a quantidade de ozônio no ar, o que prejudica o asmático.
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Em algumas épocas do ano, como no inverno e na primavera, o ar de algumas regiões fica com pouca umidade relativa. Isso é prejudicial para quem tem asma, pois o muco que reveste o sistema respiratório fica mais duro e seco, o que dificulta o trabalho das células que o utilizam para levar a sujeira aspirada para fora. Isso causa infecções em todo o aparelho. Para evitar esses efeitos, a hidratação constante é fundamental. A água ingerida vai umidificar o sistema respiratório. Há quem opte por comprar umidificadores de ar para o quarto, mas é preciso tomar muito cuidado com a limpeza do aparelho. Se ele não for corretamente higienizado - pelo menos uma vez por semana - pode acumular fungos e sujeiras que vão piorar ainda mais a situação.
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