Veja seis mitos sobre as cobras

Estigmatizadas como perigosas, as cobras trazem diversos benefícios para o mundo

Foto: Flipar

Dá para diferenciar se a serpente é peçonhenta ou não?

Sim! É possível por meio do reconhecimento do gênero ou família à qual a serpente pertence, diz o Instituto Butantan. Outra forma de reconhecer as venenosas é identificar se ela é da espécie de cobra-coral do gênero Micrurus, pois todas são venenosas.

Foto: Instituto Butantan

Fique longe das corais!

Porém, existem as falsas corais – espécies não peçonhentas que imitam as características de uma coral verdadeira, mas não são venenosas. Como essa distinção é difícil de ser feita, a recomendação é assumir todas corais como venenosas e ficar distante.

Foto: www.infoescola.com

A cobra com o veneno mais potente é a que mais mata?

Não! No Brasil, as cobras que mais causam acidentes são as do gênero Bothrops (jararacas, jararacuçus, urutus, entre outras), porque estão presentes em grande número no território nacional.

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De novo, as corais!

A letalidade do gênero Bothrops, porém, não chega a 0,3% – ainda que o veneno delas possa até levar à amputação do membro picado. As que possuem o veneno mais potente são as do gênero Micrurus, as corais. Mas elas não causam tantos óbitos porque, na maioria das vezes, fogem ou se escondem.

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Venenos matam instantaneamente?

Nenhum veneno mata um ser humano instantaneamente. Quem for picado terá tempo de ir a um hospital para receber o soro antiofídico. "Quanto antes você for atendido, melhor. A pessoa vai ter menos sequelas", diz a pesquisadora de imunopatologia do Butantan Ana Maria da Silva.

Foto: Instituto Butantan

Toda picada tem veneno injetado?

Não! Pode acontecer da picada ir sem veneno, conhecida como “picada seca”. Até a coral, em alguns casos, não injeta todo o veneno contido nas glândulas por conta de sua dentição, que a impede de completar a mordida.

Foto: Wikimedia Commons

Cobras podem ser envenenadas pelo próprio veneno?

Não. "Normalmente, elas têm uma resistência ao veneno delas mesmas", explica Ana Maria. As serpentes possuem um componente no sangue que neutraliza seu próprio veneno e de outras cobras da mesma espécie.

Foto: Instituto Butantan

O soro antiofídico serve para todas as picadas?

Não. Vital Brazil, fundador do Butantan, revolucionou o tratamento contra picadas quando, contrariando especialistas europeus, comprovou que para proteger a vítima era necessário aplicar um soro específico para a espécie que havia causado o acidente.

Foto: Meu Valor Digital

Descoberta histórica

A descoberta ficou conhecida como “princípio da especificidade antigênica”, ou seja: se alguém for picado por uma cobra, deve ser tratado com um soro específico para o veneno daquela cobra. Atualmente, são produzidos cinco diferentes soros antiofídicos no Butantan.

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