Pasternak x psicanálise: entenda polêmica das "pseudociências"

Livro da microbiologista com escritor Carlos Orsi reacendeu debate

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Novo lançamento

Natalia Pasternak e Carlos Orsi classificaram a psicanálise, homeopatia, acupuntura e outras práticas populares como "pseudociências" no livro "Que Bobagem!".

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Veja os 12 tópicos criticados no livro

"Astrologia, Homeopatia, Acupuntura e Medicina Tradicional Chinesa, Curas naturais, Curas energéticas, Modismos de dieta, Psicanálise e psicomodismos, Paranormalidade, Discos voadores, Pseudoarqueologia , Antroposofia e Poder quântico".

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É ciência?

A dupla de divulgadores científicos afirma que as práticas listadas na obra não têm a eficácia comprovada. Em certos casos, segundo eles, as supostas doutrinas podem também se esquivar de estudos científicos por se afirmarem como baseadas em saberes tradicionais.

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Argumento central do livro

Grande parte dos efeitos experimentados pelos defensores dos tratamentos abordados no livro são atribuídos ao placebo — tal fenômeno, esse sim, teria base científica e bioquímica, na visão do casal.

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PNPIC

Os autores não concordam que tais métodos sejam financiados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). É o caso da medicina tradicional chinesa (MTC), da constelação familiar e da homeopatia, ofertadas pela Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC).

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Existem estudos

Toda essa classificação causou polêmica. Psicanalistas e estudiosos da área vieram a público afirmar que Pasternak e Orsi ignoravam estudos com metodologia científica que mostravam a eficácia da psicanálise.

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Debate público

Os autores, por sua vez, afirmaram que "o mero fato de haver estudos sugerindo que determinado efeito é real, ou que determinada terapia funciona melhor que um placebo, não basta para estabelecer esses fatos — é preciso avaliar a qualidade dos estudos".

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O 'X' da questão

O fato é que, para decidir se algo está ou não na família das ciências, é preciso também responder a outra pergunta igualmente polêmica: o que é, afinal, ciência?

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Limites não são claros

"Seria um equívoco considerar a ciência como algo que possua uma circunscrição excessivamente clara e definitiva do que é e do que não é", diz João Lima de Almeida, doutor em filosofia e professor na Unicamp.

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Critérios

Segundo o professor, os critérios básicos para algo ser considerado ciência envolvem a realização de uma investigação factual com um método de coleta de dados.

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Explicando o mundo

Essa investigação deve incluir a formulação de hipóteses que expliquem os fenômenos observados, sujeitas à avaliação pelos pares científicos.

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Evolução é constante

Tais critérios, embora essenciais para conferir sentido à própria palavra "ciência" e reconhecer atividades como tal, são fluidos ao longo do tempo e adaptados pela prática das comunidades científicas. Eles podem (e devem) ser questionados para evoluir.

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