Barbie: mocinha ou vilã do feminismo?

História da boneca vai de padrão de beleza irreal a ícone de empoderamento

Foto: Divulgação/Mattel

Estereótipo de beleza

"A Barbie era tudo o que não queríamos ser… Tudo o que o movimento feminista estava tentando escapar", diz a renomada ativista Gloria Steinem em "Tiny Shoulders - Rethinking Barbie" (2018), documentário que analisa a evolução cultural da boneca mais famosa do mundo.

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Beleza impossível

Segundo uma pesquisa da Universidade de Helsinque (Finlândia), caso fosse de carne e osso a Barbie original mediria 1,68m, teria 50cm de cintura, 69cm de busto e 73cm de quadril. Tão magra que deixaria de menstruar.

Foto: Reprodução/Sports Illustrated

Brinquedo sexualizado

Além do padrão de corpo irreal, os longos cabelos loiros e os olhos azuis da Barbie também foram alvo de críticas durante muito tempo por expressarem uma beleza inatingível e sexualizada. Só em 1997 a boneca ganhou uma cintura mais larga.

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Inspiração polêmica

Barbie foi inspirada na boneca alemã Lili que, por sua vez, era personagem de uma história em quadrinhos do jornal "Bild-Zeitung" nos anos 1950. Lili foi projetada para adultos e era vendida em lojas de presentes e tabacarias como uma figura divertida e provocante.

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Criadora visionária

Barbie recebeu o nome inspirado no apelido de Barbara, filha de Ruth Handler (1916-2002), presidente da Mattel. A empresária inovou ao criar uma boneca adulta para que as crianças experimentassem outros papéis nas brincadeiras que não fossem o de mãe ou de dona de casa.

Foto: Wikimedia Commons

Sem rótulos

Progressista, Ruth resistiu à insistência dos consumidores para que Barbie tivesse um marido. Ken se limitou ao papel de namorado para que a boneca se mantivesse "livre" nas imaginativas brincadeiras infantis.

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Barbie negra

Os consumidores também foram determinantes para o lançamento da primeira Barbie negra, em 1980. A desginer negra Kitty Black Perkins se inspirou na cantora Diana Ross para "fazer a Barbie negra completamente diferente da Barbie".

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Múltiplas profissões

Ao longo das décadas, as profissões exercidas pela Barbie se espelharam na discussão da necessidade da igualdade de gênero no mercado de trabalho. Em 2018, a Mattel lançou a Barbie Engenheira Robótica para "encorajar" meninas a aprender programação.

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Mulheres históricas

A Mattel também tem se empenhado em fazer versões da boneca como mulheres reais que fizeram história, como a cientista Katherine Johnson, a pioneira da aviação Amelia Earhart e a pintora mexicana Frida Kahlo.

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Diversidade

Com estratégias cada vez mais focadas na representatividade e na inclusão, a Barbie tem hoje corpos e tons de pele diversos e versões com deficiência. Neste quesito, a mais recente é a boneca com síndrome de down que chegou às prateleiras em abril.

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