Politeísmo
Segundo historiadores, os antigos israelitas eram politeístas. Uma minoria cultuava apenas Javé (ou Jeová). Tudo mudou em 586 a.C., quando o Templo de Jerusalém foi destruído e uma visão focada na existência de um Criador Universal se disseminou.
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Companheira
Antes do monoteísmo imperar, textos antigos indicam que Deus tinha uma esposa. Asherah (ou Aserá), parceira de Javé, era apresentada como uma divindade que se sentava ao lado do marido e tinha uma estátua em sua homenagem em um templo em Jerusalém.
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Rainha dos céus
No livro do profeta Jeremias (Antigo Testamento) há menções a uma “rainha dos céus”. Especialistas contemporâneos acreditam se tratar, na verdade, de Asherah, a esposa de Javé.
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Vestígios
A teóloga britânica Francesca Stavrakopoulou, professora na Universidade de Exeter, fez um documentário sobre o tema, exibido pela BBC, no qual apontou a presença da deusa em diversas escrituras e esculturas do mundo antigo.
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Árvore
Na Bíblia hebraica, o nome Asherah aparece 40 vezes. Porém, as traduções se referem a Asherah como "árvore sagrada", "árvore da vida" ou "bosque". De acordo com estudiosos, as referências foram criadas para "esconder" a existência da mulher de Deus.
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Idolatria
As menções a Asherah na Bíblia ocorrem quase sempre em termos negativos e críticos em relação à idolatria por imagens ou objetos sagrados que manifestam sua presença.
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Apagamento
O processo de transformação das religiões politeístas em uma crença monoteísta fez com que Asherah passasse a ser tratada como uma divindade falsa ou ilegítima. Sua adoração passou a ser tachada como "primitiva".
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Reconstrução
Estudos de gênero ligados às origens das religiões, como as pesquisas de Stavrakopoulou, têm jogado luz sobre mulheres que foram eliminadas dos textos sagrados conduzidos pelo patriarcado.
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Terra NÓS
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