Afrescos raros de Tarsila do Amaral vão a leilão em São Paulo
Dois afrescos raros criados por Tarsila do Amaral em 1927 foram colocados à venda na galeria Ricardo Camargo, no Jardim Paulistano, bairro de São Paulo. As obras estão avaliadas em R$ 7 milhões.
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A modernista Tarsila do Amaral produziu as obras, ambas naturezas-mortas, nas paredes da sala de jantar da fazenda Santa Tereza do Alto, na cidade de Itupeva, no interior paulista. De acordo com o jornalista e crítico de arte Silas Martí, da Folha de S.Paulo, o herdeiro da fazenda decidiu fazer a retirada das peças e colocá-las à venda no mercado de arte.
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Uma das maiores artistas plásticas do Brasil, Tarsila do Amaral é tema de uma exposição em Paris, na França.
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Uma retrospectiva no Museu de Luxemburgo homenageia a artista modernista. A exposição foi aberta ao público em 9 de outubro e vai até 2/2/2025.
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A exposição conta com 150 obras de Tarsila do Amaral, incluindo 49 quadros, entre eles alguns famosos como “Os Operários”.
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Em ordem cronológica, a retrospectiva enfoca a trajetória artística de Tarsila do Amaral em suas três fases.
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Entre outras obras marcantes expostas no Museu de Luxemburgo estão “Caipirinha” e “A Negra” - cedido para a mostra pelo Museu de Arte Contemporânea da USP.
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"Autorretrato (Manteau rouge)” é outro destaque da exposição. Criado em 1923, o quadro retrata Tarsila com um casaco vermelho e compõe o acervo do Museu Nacional de Belas Artes.
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“Foi para mim uma oportunidade de descobrir e de mostrar aquela época que se chama geralmente de ‘fase tardia’ de Tarsila, que é injustamente esquecida’, declarou ao portal UOL a curadora da exposição, Cecília Brashi.
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No entanto, a obra mais famosa de Tarsila, o “Abaporu”, não faz parte da retrospectiva parisiense. O quadro pertence ao acervo do Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires (Malba) e não foi emprestado para o evento parisiense.
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Há quase um século, Tarsila iniciou sua carreira internacional justamente em Paris, o que dá ainda maior simbolismo à retrospectiva de sua obra em terras francesas.
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Tarsila do Amaral morou em Paris no início dos anos 20, quando era casada com o escritor Oswald de Andrade (1890 - 1954), outro nome de proa do modernismo.
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Em 1926, em Paris, a artista brasileira realizou sua primeira mostra individual no exterior, o que a revelou para o público europeu.
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Dois anos mais tarde, Tarsila fez uma segunda exposição em Paris e vendeu a tela “A Cuca” para um museu - hoje ela está com o fundo francês de artes plásticas.
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Tarsila do Amaral nasceu em 1886 na cidade de Capivari (foto), em um casarão na Fazenda São Bernardo, no interior de São Paulo.
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Em 1922, quando ocorreu a Semana da Arte Moderna, importante evento da história da cultura brasileira ocorrido em São Paulo, Tarsila do Amaral estava na França.
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Pouco tempo depois ela se uniu ao grupo de artistas que lideraram o movimento, entre eles Di Cavalcanti (foto), Mário de Andrade e Anita Malfatti.
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Além de o “Abaporu”, as telas “O Homem Amarelo” e “Os Operários” estão entre as obras de Tarsila mais representativas do Modernismo.
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Um pouco mais tarde, entre 1924 e 1928, as criações de Tarsila ganharam cores mais vibrantes e forte temática nacional. Foi a chamada fase Pau-Brasil, do movimento de mesmo nome criado por ela e o então marido Oswaldo de Andrade.
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O “Abaporu” representa a chamada fase antropofágica, etapa do movimento modernista que teve como teórico também Oswald de Andrade.
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A terceira e última fase da carreira da artista paulista ficou conhecida pelo cunho social, focado em temas do cotidiano e da sociedade brasileiras.
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Morta em 1973, aos 86 anos, Tarsila deixou mais de duas centenas de obras, que incluem desenhos, gravuras e esculturas.
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