Ao longo da formação da sociedade brasileira, a miscigenação uniu branco, negro e indígena. Além disso, a chegada dos imigrantes em várias regiões fortaleceu ainda mais a mistura de povos e culturas em território nacional. E algumas cidades ainda têm reflexos dessa imigração.
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Dentre elas, estão algumas que foram colonizadas por italianos e que são verdadeiros pedacinhos do país europeu em solo brasileiro. Essas cidades são verdadeiras atrações turísticas por conta da arquitetura, culinária e tradições tipicamente italianas.
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Os primeiros imigrantes italianos começaram a chegar ao Brasil na década de 1870, e, principalmente, para as regiões Sul e Sudeste do país, buscando melhores oportunidades de vida. Muitos dele começaram a trabalhar em lavouras de café e em plantações de uva.
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O século XIX foi marcado por uma intensa expulsão demográfica na Europa. O alto crescimento da população, ao lado do acelerado processo de industrialização, afetaram diretamente as oportunidades de emprego naquele continente.
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Localizada no sul do estado de Santa Catarina, a cidade de Nova Veneza tem pouco mais de 13 mil habitantes, segundo o Censo de 2022 do IBGE.
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Desses, 95% são descendentes de italianos e as crianças aprendem o idioma na escola. Sua é semelhante é com a província italiana de Veneza, sendo uma herança das 400 famílias da região do Veneto que desembarcaram na cidade em 1891.
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Nova Veneza tem até uma gôndola oficial doada pelo governo italiano, que simboliza o elo entre as duas cidades. Ela fica na praça Humberto Bortoluzzi, e os visitantes podem apreciar a embarcação e tirar fotos em um lago artificial aberto ao público.
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Além disso, em junho, acontece a Festa da Gastronomia Típica Italiana, um evento que atrai milhares de visitantes todos os anos. Ele celebra a imigração italiana e a emancipação política administrativa no município.
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A cidade recebeu em 2018 o título de Capital Nacional da Gastronomia Típica Italiana. Ao total, são mais de 20 restaurantes que servem pratos como massas, pizzas, galetos, polenta, os saborosos vinhos, cafés e gelatos.
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A gastronomia se baseia no macarrão rústico, polenta, puína (queijo pré-fermentado), queijos coloniais, salames, carnes e galinhas ensopadas, saladas de batatas com ovos, saladas de "radicio", pães e tantos outros pratos
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Localizada na Serra Gaúcha, a cidade de Antônio Prado também é famosa pela sua cultura italiana. Fundada em 1886, a região preserva toda a arquitetura da época, com 48 imóveis tombados como patrimônio histórico.
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Também tem o tradicional Moinho Francescatto, que surgiu com a família Simioni e tem mais de 130 anos. O lugar produz e vende farinha de milho, o ingrediente principal da polenta, um dos pratos típicos italianos.
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Por lá, também tem a Ferraria do Marsílio, estabelecimento fundado em meados de 1900 e que ficou em atividade até a década de 1980. Além da Igreja Matriz, que foi construída em alvenaria, encanta as ruas charmosas da cidade.
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O nome da cidade é homenagem ao fazendeiro paulista Antônio da Silva Prado, que instalou núcleos coloniais no Rio Grande do Sul e promoveu a imigração de italianos para o país, quando foi Ministro da Agricultura.
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No Rio Grande do Sul, a cidade de Flores da Cunha com seus mais de 30 mil moradores, preserva entre as muitas tradições dos seus colonizadores. Como o o dialeto vêneto e a arquitetura italiana, construída pelos imigrantes que lá chegaram por volta de 1877.
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Com isso, Flores da Cunha é o maior município produtor de vinhos do país. A produção local em 2017/2018 atingiu 101 milhões de quilos de uva e 120 milhões de litros de vinho. Conta com quase 200 indústrias vinícolas.
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O município abriga cascatas, vinícolas e museus. Entre eles, está o Museu de Arquivo Histórico Pedro Rossi. Ele conta com um acervo de objetos, documentos e fotografias da época da colonização.
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Foi emancipado da cidade de Caxias do Sul e seu nome é uma homenagem ao ex-governador do estado, José Antônio Flores da Cunha. Ele havia prometido construir uma estrada férrea ligando o município ao resto do estado.
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A cidade de Pedrinhas Paulista, no estado de São Paulo, com pouco mais de 3 mil habitantes, tem um apelido carinhoso: “Roma Brasileira”, pois guarda fortes influências italianas. Os primeiros imigrantes chegaram na região por volta de 1949.
Foto: Pedrinhas Paulista (SP) - Cidades Brasileiras mais Italianas - Divulgação
A cidade impressiona pela sua arquitetura marcada por colunas e estátuas, elementos que remetem à tradição italiana. São várias construções inspiradas no estilo romano, como a Câmara Municipal, a prefeitura, o Cine Teatro, o Museu dos Pioneiros, a Igreja de São Donato, a praça Romana e o Coliseu.
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Todo mês de agosto acontece a tradicional Macarronada de São Donato, sua festa mais popular. Além da degustação desse prato, a festividade inclui a apresentação de danças típicas italianas, como a tarantela.
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Pedrinhas Paulista viveu como núcleo colonial até 1980, quando foi elevada a Distrito, e alcançou a sua tão almejada emancipação político-administrativa em 1991. Algo que aconteceu por iniciativa do ex-deputado paulista Antonio Carlos Tonca Falseti
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