O filme "O Auto da Compadecida 2" voltou a exibir as peripécias de João Grilo (Matheus Nachtergaele) e Chicó (Selton Mello). A obra se baseia na criação de Ariano Suassuna, escritor e acadêmico que deixou um dos mais importantes legados culturais no Brasil.
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No dia 23 de julho de 2024, completaram-se 10 anos da morte de Ariano Suassuna, aos 87 anos, vítima de uma parada cardíaca. Relembre a vida e a obra do artista paraibano!
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Ariano Vilar Suassuna nasceu em João Pessoa, em 16 de junho de 1927. Ele foi um intelectual completo: escritor, dramaturgo, poeta, ensaísta, advogado e professor.
Foto: Igor Almeida Suassuna por Pixabay
Suassuna teve uma infância marcada pela imersão na cultura do sertão paraibano, mas também por uma tragédia.
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Durante a Revolução de 1930, seu pai, João Suassuna, foi assassinado por motivos políticos no Rio de Janeiro, enquanto ele era governador da Paraíba.
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A família Suassuna então resolveu se mudar para o sertão pernambucano, onde Ariano cresceu e desenvolveu um amor profundo pela cultura popular nordestina.
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Ariano Suassuna se formou em Ciências Jurídicas e Sociais em 1950, pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), mas nunca exerceu a profissão, pois ele se dedicou integralmente à literatura e ao teatro.
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Em 1955, ele escreveu sua obra-prima, o Auto da Compadecida, peça teatral que reinterpreta a história de Jesus Cristo em um cenário sertanejo, utilizando personagens populares como João Grilo, Chicó Chicó e Catirina.
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A peça foi um sucesso estrondoso, se tornou um marco na dramaturgia brasileira e deu origem a um dos filmes brasileiros mais admirados de todos os tempos, "Auto da Compadecida", lançado em 2000.
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Em 1970, Ariano Suassuna foi um dos fundadores do Movimento Armorial, que buscava a valorização da cultura nordestina e a criação de uma arte erudita a partir de elementos da cultura popular.
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Suassuna ficou mais conhecido por suas peças teatrais, que misturam elementos da comédia, tragédia e do folclore nordestino.
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Além de o "Auto da Compadecida", algumas de suas obras mais importantes são "O Santo e a Porca" (1957) e "A Pena e a Lei" (1959).
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Além do teatro, Suassuna também escreveu romances e ensaios. "Romance d'A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta" (1971) mistura realidade e fantasia, narrado por um personagem que vive entre o sonho e a realidade do sertão nordestino.
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Já "História d'O Rei Degolado nas Caatingas do Sertão/Ao Sol da Onça Caetana" (1976) é a continuação do "Romance d'A Pedra do Reino", explorando ainda mais a mitologia e o folclore nordestino.
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Suassuna também atuou como professor e palestrante na Universidade Federal de Pernambuco de 1957 a 1994, onde influenciou e inspirou diversas gerações de escritores e artistas.
Foto: Igor Almeida Suassuna por Pixabay
Além disso, o artista recebeu inúmeros prêmios ao longo de sua carreira, incluindo a Medalha de Ouro da Associação Brasileira de Críticos Teatrais (1957) e o Prêmio Nacional de Ficção (1973).
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Mesmo 10 anos após sua morte, Ariano Suassuna permanece vivo como um dos maiores representantes da cultura brasileira, um autor que fez questão de defender a importância da cultura popular para a identidade nacional.
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Até hoje, a obra de Ariano Suassuna continua viva e atual, sendo estudada e apreciada por leitores e estudiosos de todo o país.
Foto: Ariano Suassuna
Em sua vida pessoal, Ariano Suassuna foi casado com Zélia de Andrade Lima, com quem teve seis filhos.
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