Cachorro-quente da Geneal ganha título de 'bem cultural' do Rio

O cachorro-quente da Geneal foi reconhecido pela Câmara Municipal e recebeu o título de Bem Cultural de Natureza Imaterial da cidade do Rio de Janeiro

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O Projeto de Lei n° 3.203/2024, de autoria do vereador Carlo Caiado (PSD) foi aprovado, com o argumento de que, assim como o Mate Leão e o Biscoito Globo, faz parte da cultura dos cidadãos na cidade.

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O cachorro-quente da Geneal começou a ser vendido nas ruas da Zona Sul do Rio em 1963. Ele ganhou popularidade e se espalhou, sempre com conteúdo simples que se limita ao pão e à salsicha - no máximo com catchup e/ou mostarda.

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Ou seja, a Geneal.mantem a tradição do cachorro-quente básico que não leva ingredientes além da salsicha. Muito distante da mistura feita nos também populares "podrões" que levam.ovo de codorna, queijo parmesão, ervilha, milho, batata frita etc.

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O assunto cachorro-quente também teve uma notícia recente que ganhou repercussão. Katie McCourt, gerente e bartender do Cira, de Chicago, nos EUA, criou uma bebida à base do pão com salsicha.

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O daiquiri é um clássico da coquetelaria, levando rum e suco de limão, sendo uma das bebidas mais pedidas do menu. Mas a ‘ invenção’ do restaurante mediterrâneo viralizou por causa de um ingrediente insólito: salsicha.

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A bebida tem suco de limão e óleo de tomate, combinados com xarope de mostarda, licor de raiz de aipo e salsicha.

Foto: Imagem (ilustrativa) de Renee Comet wikimedia commons

"A mistura permite que as pessoas comam o cachorro quente e bebam os acompanhamentos”, afirmou McCourt ao Block Club Chicago. O coquetel é batido, coado e servido com uma miniguarnição de cachorro-quente.

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O coquetel inspirado em cachorro quente viralizou nas redes sociais após publicação de Matthew Dominick, primo de McCourt. A bartender fez a criação depois de um pedido do primo, que é criador de uma plataforma de comida chamada “Yucking” no TikTok e no YouTube.

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O cachorro-quente (hot dog) é um lanche muito consumido nos Estados Unidos . Por lá, o preparo é com molho agridoce, picles à base de pepino, mostarda e ketchup.

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No Brasil, alem do jeito basico da Geneal, há varias formas de fazer o quitute. Em São Paulo, se utiliza purê de batata, enquanto no Rio de Janeiro usa-se frequentemente ovo de codorna.

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Já em solo mineiro, o prato é servido com milho verde e batata palha, enquanto, na Paraíba, é feito com carne moída e/ou frango desfiado, com carne moída e verdura picada.

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Em Santa Catarina, especialmente durante a Oktoberfest, em Blumenau, além dos ingredientes tradicionais, acrescenta-se o chucrute (conserva de repolho fermentado típico da culinária germânica). O cliente também pode trocar a tradicional salsicha por linguiça.

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Em geral, acompanha-se o cachorro-quente com maionese, ketchup, mostarda, molhos à base de tomate, pimentão e cebola. Além de batata palha, salpicão, maionese caseira, maionese , tomate, beterraba, pepino, ervilha, milho, purê de batata, toucinho, requeijão, farofa, entre outros.

Foto: Youtube/ Larica Vegana

Existem três teorias sobre o surgimento desse peculiar sanduíche. A primeira delas acredita que um açougueiro de Frankfurt, na Alemanha, resolveu batizar as salsichas que fabricava com o nome da raça de seu cachorro: Dachshund.

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Na segunda teoria, um imigrante alemão, Charles Feltman, levou essa salsicha para os Estados Unidos em 1880. Lá, criou um sanduíche quente com pão, salsicha e molhos.

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Em 1904, na cidade de Saint Louis, nos Estados Unidos, um vendedor de salsicha quente criou uma maneira de os seus fregueses não queimarem a mão. A quem comprasse suas salsichas, ele oferecia luva de algodão. Só que os clientes se esqueciam de devolvê-las. e seu cunhado sugeriu que o salsicheiro começasse a usar pão.

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No Brasil, por volta de 1926, o empresário Francisco Serrador, que idealizou a famosa Cinelândia, no Centro da cidade do Rio de Janeiro, lançou o cachorro-quente em seus cinemas. A novidade inspirou Lamartine Babo e Ary Barroso, a criarem em 1928, a marchinha de carnaval "Cachorro-Quente".

Foto: Instagram @poetaviniciusdemoraes

Apesar da popularidade do cachorro-quente, a salsicha, ingrediente principal, tem um consumo bastante controverso. Afinal, o alimento industrializado contém grandes quantidades de gorduras, conservantes, aditivos, sódio e colesterol.

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"A salsicha é um ultraprocessado, mas fornece uma grande quantidade de proteínas. Isso pode contribuir para reduzir a desnutrição calórica.", destacou Paulo Henkin, nutrólogo e diretor da Abran (Associação Brasileira de Nutrologia).

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No entanto, é importante lembrar que é preciso consumir com moderação e este alimento deve fazer parte de uma dieta equilibrada para não ser prejudicial ao organismo", completou ao portal UOL.

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Atualmente, há diversos tipos de salsichas disponíveis no mercado brasileiro. Assim, é possível encontrar as que são produzidas com carne bovina, suína ou de frango. Elas costumam ser feitas daquela carne que sobra e fica presa no osso do animal e também de miúdos moídos.

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No entanto, os conservantes e aditivos são incorporados na salsicha para garantir seu aspecto, textura, sabor e cor e prejudiciais à saúde. De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), consumir cerca de 50 g de carne processada diariamente já é arriscado para a saúde.

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Consumir salsicha regularmente, com outros ultra processados, como mortadela, linguiça, hambúrguer e frango empanado (nuggets), aumenta o risco de diversas doenças e compromete a saúde.

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Um dos problemas é o aumento do risco de câncer. Segundo o estudo divulgado no periódico American Journal of Preventive Medicine, o consumo de ultra processados está relacionado à morte prematura de 57 mil pessoas por ano no Brasil.

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Entre os principais riscos à saúde estão: Diabetes, Obesidade, Doenças cardiovasculares, Hipertensão, Depressão e distúrbios do humor, Síndrome metabólica, Asma e AVC.

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Esses problemas podem acontecer, pois as carnes processadas possuem grandes quantidades de compostos químicos que são adicionados na sua produção (nitritos e nitratos).

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Por fim, esses compostos químicos podem alterar o DNA do organismo, que fica mais propenso a doenças, como o câncer. No entanto, as de frango e as versões lights são consideradas um pouco mais saudáveis.

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