O mercado de carros elétricos no Brasil registrou uma queda no primeiro bimestre de 2025 em relação ao crescimento expressivo de 225,05% do ano passado. No período, o avanço foi de 2,06% em comparação ao primeiro bimestre de 2024, com 8.107 EVs emplacados.
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De acordo com dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), o mercado de carros teve um crescimento de 8,59%, com os híbridos liderando a alta com venda 68,82% superior à do primeiro bimestre de 2024.
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Em 2024, as vendas de carros elétricos tiveram aumento no mundo, exceto em alguns países da Europa que retiraram os subsídios para esses modelos.
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Reportagem do jornal londrino "Financial Times" relatou que muitos portos da Europa chegaram a registrar encalhe de veículos recarregáveis importados da China durante o ano passado.
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Terminais em Bruges e Antuérpia, na Bélgica, enfrentaram problemas logísticos com o excesso de carros elétricos estocados.
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Ainda segundo a publicação, houve casos de veículos que ficaram parados em terminais há três anos e alguns portos precisam alugar espaços nas cercanias para abrigar esses carros.
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Esse panorama tem colocado em xeque o plano climático europeu, que prevê a proibição da venda de novos veículos a combustão a partir de 2035.
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O fim da concessão de incentivos fiscais para a compra desses modelos em países da União Europeia, especialmente em França e Alemanha, é apontado como um dos fatores que explica o declínio desse mercado.
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Dados da consultoria Jato, fornecedora de informações para as montadoras, indicam que os carros elétricos representaram 25% do mercado europeu no auge das vendas, em 2022, e agora estão na faixa de 12%.
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Além do aspecto econômico, há um obstáculo de infraestrutura que tem colaborado para o esfriamento na venda dos veículos recarregáveis: implantação de mais pontos de recarga.
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Estudos apontam que é necessário haver um carregador público para cada dez carros elétricos em circulação.
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Um dos desafios é ter a quantidade necessária de estações em estradas, afastando o receio de motoristas do risco de “pane seca” em viagens mais longas.
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No Brasil, a infraestrutura de recarga também é um empecilho para a expansão do mercado de carros elétricos. Segundo dados da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), o país ultrapassou em agosto de 2024 a marca de 10 mil pontos de recarga para carros elétricos (BEV) e híbridos plug-in (PHEV).
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Carros elétricos podem ser recarregados em casa também. “O consumo é o equivalente ao de um chuveiro elétrico”, declarou Fábio Delatore, professor de engenharia elétrica, ao “Estadão”.
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Apesar desses pontos sensíveis, há casos de países em que a eletrificação automotiva está a todo vapor. É o que acontece na Noruega, no norte europeu.
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No país escandinavo, a venda de carros elétricos representou 88% do mercado automotivo em 2023 e o governo norueguês projeta proibir o comércio de veículos a combustão interna já em breve.
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A Noruega foi o primeiro país do mundo em que a venda de carros elétricos ultrapassou a de modelos à combustão e híbridos.
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A instalação de estações de recarga recebeu subsídio agressivo do governo norueguês, o que permitiu ao país de quase 5,5 milhões de habitantes expandir rapidamente a venda de carros elétricos.
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Com esse panorama, a Noruega tem registrado ganhos ambientais. Desde 2009, a emissão de gases do efeito estufa caiu 30% na capital Oslo.
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A Noruega tem o segundo melhor IDH do mundo, atrás apenas da Suíça. O Índice de Desenvolvimento Humano da ONU reúne estatísticas de qualidade de vida.
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