Coral que 'anda' pelo oceano atrás de luz surpreende cientistas
Um estudo publicado na revista PLOS One revelou que existe um coral que possui a habilidade surpreendente de se deslocar lentamente pelo fundo do mar.
Foto: wikimedia commons Anne Hoggett
Trata-se coral-cogumelo da espécie Cycloseris cyclolites. O comportamento curioso se diferencia da maioria das mais de 6.000 espécies de corais existentes no mundo.
Foto: reprodução/Lewis et al., PLOS One, 2025
Com o auxílio de câmeras de time-lapse, a pesquisa revelou que esse coral inflama seus tecidos para reduzir o atrito e aumentar a flutuabilidade, permitindo que se mova até 43,73 mm em 24 horas, em direção à luz azul.
Foto: reprodução/Lewis et al., PLOS One, 2025
Esse comportamento é essencial para evitar condições adversas, como altas temperaturas, competidores agressivos e soterramento, além de favorecer sua reprodução em águas mais profundas e calmas.
Foto: wikimedia commons/ Lyle Vail
“Na escala deles, eles são tão pequenos que esse é um movimento muito grande para eles”, explicou Brett Lewis, líder do estudo e ecologista marinho da Universidade de Queensland.
Foto: reprodução
A pesquisa destaca ainda que essa migração pode ser crucial para a sobrevivência dos corais diante das mudanças climáticas, já que águas profundas oferecem refúgio contra o branqueamento e outras ameaças ambientais.
Foto: Imagem de joakant por Pixabay
Publicada em 2024 na revista "Nature", uma pesquisa revelou que a costa brasileira abriga um dos maiores sistemas de corais do mundo, com 4 mil km de extensão, conectando os recifes da Guiana Francesa ao Sudeste do Brasil.
Foto: Imagem de Lisa por Pixabay
Antes considerados separados, os sistemas da Amazônia, Nordeste e Sudeste formam um único sistema interligado, abrangendo estados como Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte e Bahia.
Foto: Acervo ICMBio
Os corais brasileiros diferem da Grande Barreira de Corais australiana, sendo mais profundos e visíveis apenas com tecnologias avançadas, como satélites e mergulhos especializados.
Foto: Reprodução/Globoplay
Segundo Marcelo Soares, professor da Universidade Federal do Ceará (UFC) e coautor do estudo, os recifes oferecem grandes oportunidades econômicas e tecnológicas, gerando cerca de US$ 355 mil por hectare ao ano.
Foto: Creative Commons
Além de promoverem turismo e recreação, os recifes apresentam alto potencial biotecnológico, com aplicações em áreas como saúde e farmacologia, devido à descoberta de substâncias com propriedades antibióticas e até anticâncer.
Foto: Imagem de Pexels por Pixabay
Os corais desempenham um papel crucial na pesca, pois servem como berçários para muitas espécies marinhas, contribuindo para a reprodução de peixes consumidos pela população.
Foto: Flickr Tadeu Pereira (Ted)
O trabalho dos pesquisadores pode orientar diversas ações de conservação, como a criação de unidades de conservação marinha nessas áreas, o controle de espécies invasoras e a compatibilização de atividades econômicas, como portos, energias, cabos submarinos e agricultura.
Foto: Reprodução/Globoplay
"O Brasil tem um grande potencial de ser um líder nessa área ambiental, de receber recursos, fazer inclusão social, combater a pobreza e preservar os ecossistemas", finalizou o professor. Confira agora quais são as 5 maiores barreiras de corais do mundo!
Foto: Reprodução/Globoplay
5º) Barreira de Coral Florida Keys, EUA: Localizada ao largo da costa sul da Flórida, é o terceiro maior sistema de recife de barreira de coral do mundo, com aproximadamente 360 quilômetros de extensão.
Foto: flickr Symbiosis
Este recife vibrante é um lar para uma rica biodiversidade, com mais de 1.400 espécies de plantas marinhas e animais, incluindo peixes tropicais, tartarugas marinhas, golfinhos e corais coloridos.
Foto: flickr Symbiosis
4º) Sistema Mesoamericano de Barreira de Corais (MBRS): Com quase 1.000 km de extensão, abrange as costas do México, Belize, Guatemala e Honduras, e é um dos ecossistemas mais biodiversos do planeta.
Foto: Reprodução/Globoplay
O MBRS abriga mais de 60 espécies de corais, 500 espécies de peixes, 3.000 espécies de moluscos e milhares de outras espécies marinhas. Além disso, o recife protege as costas contra a erosão causada por ondas e tempestades.
Foto: Reprodução de vídeo TV NE2
3º) Barreira de Recife da Nova Caledônia: Localizada no Oceano Pacífico Sul, essa barreira tem mais de 1.500 km de extensão. Além de circundar a Grande Terre, a maior ilha da Nova Caledônia, ela engloba também a Ilha dos Pinos e várias outras ilhas menores.
Foto: Reprodução/Globoplay
A barreira protege uma lagoa de 24.000 km², rica em manguezais, ervas marinhas e outros habitats importantes, além de apresentar formações geológicas únicas, como recifes fósseis e pináculos de coral.
Foto: ICMBio
2º) Coral do Mar Vermelho: Considerado um dos mais ricos e diversos do mundo, essa barreira de coral se estende por mais de 2.000 km ao longo das costas do Egito, Sudão, Eritreia, Arábia Saudita, Iêmen, Jordânia e Israel.
Foto: Reprodução de vídeo TV NE2
A região abriga uma variedade incomparável de vida marinha, tornando-a um paraíso para mergulhadores e amantes da natureza. São mais de 1.200 espécies de peixes, incluindo os coloridos peixes-palhaço e peixe-anjo, além de tartarugas marinhas, golfinhos, dugongos e tubarões.
Foto: Doug Monteiro/ IRCOS/ UFPE
1º) Grande Barreira de Coral da Austrália: Por fim, a maior barreira de corais do mundo, localizada no Mar de Coral, ao largo da costa de Queensland, é composta por mais de 2.900 recifes individuais e 900 ilhas que se estendem por mais de 2.300 km em uma área de aproximadamente 344.400 km².
Foto: wikimedia commons Ank Kumar
A Grande Barreira de Coral pode ser vista do espaço e é a maior estrutura única feita por organismos vivos na Terra. Ela é composta por bilhões de minúsculos organismos chamados pólipos de coral.
Foto: wikimedia commons Ank Kumar
O recife ainda é um importante destino turístico e também fornece renda para as comunidades locais por meio da pesca e outras atividades.
Foto: wikimedia commons Dmitry Brant
A Grande Barreira de Coral enfrenta uma série de ameaças, incluindo mudanças climáticas, poluição e sobrepesca. As mudanças climáticas são a maior ameaça ao recife, pois o aumento da temperatura da água está fazendo com que os corais branqueiem e morram.
Foto: wikimedia commons Ayanadak123
A poluição de fontes como escoamento agrícola e desenvolvimento costeiro também está prejudicando o recife, além da sobrepesca que reduz as populações de peixes que são importantes para o ecossistema do recife.
Foto: wikimedia commons Dmitry Brant
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Foto: wikimedia commons Anne Hoggett