Dia Internacional do Holocausto: sobreviventes do Horror nazista voltam a Auschwitz

Foto: Reprodução TV Globo

O dia 27 de janeiro marca os 80 anos da libertação de prisioneiros no campo de concentração de Auschwitz, na Polônia. O local é um dos maiores símbolos do Holocausto, assassinato sistemático de milhões de judeus pelos criminosos nazistas.

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A data foi celebrada com a presença dos raros sobreviventes que ainda estão vivos - o mais novo deles tem mais de 80 anos. Alguns deles falaram sobre a memória da guerra e da tragédia em que perderam parentes e amigos para o horror implantado por Hitler e seus seguidores. Na foto, Marian Turski, de 98 anos, que tinha 18 quando os nazistas assassinaram o pai e o irmão dele

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Os sobreviventes de Auschwitz foram salvos por tropas soviéticas que chegaram ao campo em 27 de janeiro de 1945. E, por isso, o governo da Rússia sempre esteve presente nas celebrações. Mas, este ano, por causa da guerra contra a Ucrânia, o presidente Vladimir Putin não foi convidado para o evento.

Foto: Reprodução TV Globo

Os assuntos que envolvem o Holocausto são sempre delicados tamanho o horror vivenciado pelos judeus. Por isso, todo cuidado é pouco nas abordagens e nas referências. Em setembro de 2023, por exemplo, a cadeia de lojas Riachuelo foi alvo de fortes críticas nas redes sociais por colocar à venda um conjunto de roupas que se assemelhava às usadas pelos prisioneiros dos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.

Foto: Reprodução

Imagens da peça, composta por camisa e calça de listras brancas e azuis, circularam na internet acompanhadas de comentários alertando para a semelhança com as vestimentas impostas aos judeus nos campos de concentração.

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Em seu perfil no X, antigo Twitter, a especialista em semiótica psicanalítica da USP Maria Eugênya fez uma postagem a respeito que viralizou."Tá faltando aula de História - e noção, pros estilistas da Riachuelo", escreveu Maria Eugênya na ocasião.

Foto: Domínio Público/Wikimedia Commons

"O uso da estética violenta (holocausto, escravidão) pra gerar polêmica é uma das faces do marketing, não é novidade. Mas insisto que conhecer a história e a construção de pensamento crítico e preservação da memória falta pra muita gente ter no mínimo vergonha de achar isso aí ok", completou a estudiosa.

Foto: Reprodução do site g1.globo.com/mundo/noticia

Por meio de nota, a Riachuelo pediu desculpas e afirmou que a comercialização do artigo "realmente foi uma infelicidade". "Nós, da Riachuelo, prezamos pelo respeito por todas as pessoas, e esclarecemos que, em nenhum momento, houve a intenção de fazer qualquer alusão a um período histórico que feriu os direitos humanos de tanta gente", dizia o texto.

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No comunicado, a Riachuelo finalizou a mensagem dizendo que o item havia sido retirado do catálogo tanto de venda física quanto no e-commerce.

Foto: Divulgação

O perfil "Museu do Holocausto" declarou que a imagem despertava "sensações dolorosas". "Imagens carregam sentidos e emoções. Ver um conjunto estético formado por calça e camisa com essas cores, larguras e gola remetem indiscutivelmente ao Holocausto", destacou a postagem.

Foto: Reprodução

O regime nazista, liderado por Adolf Hitler, confinou e exterminou milhões de pessoas, majoritariamente judeus, em campos de concentração.

Foto: fotógrafo desconhecido -Dominio Publico

A roupa que os prisioneiros nazistas eram obrigados a utilizar em alguns dos campos é conhecida por fotos, vídeos e estão expostas em museus e memoriais pelo mundo.

Foto: Emmanuel Dyan/Wikimedia Commons

A indumentária é tão marcante que já foi reproduzida em vários filmes exibidos no cinema. que abordaram essa época da história.

Foto: Divulgação

Há menção a ele no título do filme "O menino do pijama listrado", baseado no romance best-seller do escritor irlandês John Boyne.

Foto: Divulgação

Os campos de concentração começaram a ser construídos em 1933, quando Hitler ascendeu ao poder e foi nomeado chanceler da Alemanha.

Foto: domínio público

Nesses campos de concentração, milhões de prisioneiros foram executados em câmaras de gás.

Foto: Autor Desconhecido/Wikimedia Commons

O maior e mais famoso campo de concentração foi justamente o de Auschwitz, na Polônia.

Foto: Imagem de Larah Vidotto por Pixabay

De acordo com a Enciclopédia do Holocausto, somente em Auschwitz foram mortas 1,1 milhão de pessoas. Na ocasião da libertação pelos soviéticos, havia 7 mil prisioneiros no local. A maioria pele e osso, Muitos não conseguiam nem falar.

Foto: Domínio Público/Wikimedia Commons

O termo holocausto vem do grego holokauston, que significa "totalmente queimado" (holos = inteiro, kaustos = queimado). Originalmente, era usado para designar um sacrifício religioso, especialmente na cultura grega e judaica antiga, em que um animal era queimado completamente como oferenda aos deuses ou a Deus.

Foto: Domínio Público/Wikimedia Commons

Antes de se associar ao extermínio de judeus durante a Segunda Guerra Mundial, o termo indicava esses rituais e simbolizava uma oferta de purificação ou devoção espiritual. Foi só no século XX que passou a ser amplamente utilizado para se referir ao genocídio de judeus, ciganos e outros grupos. Sobreviventes acenderam velas em memória dos mortos.

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Foto: Reprodução TV Globo