Drones misteriosos sobrevoam céu dos EUA e preocupam autoridades

Avistamentos de drones em Nova Jersey, nos Estados Unidos, têm causado preocupação nas autoridades norte-americanas. O mistério persiste desde novembro/24.

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Inicialmente relatados perto do rio Raritan e do reservatório Round Valley (foto), os avistamentos se espalharam para outras áreas, incluindo o Picatinny Arsenal, uma instalação militar sensível, e o campo de golfe de Donald Trump em Bedminster.

Foto: wikimedia commons Curlyrnd

Relatos semelhantes surgiram em Nova York, Connecticut, Maryland e até em bases dos EUA no Reino Unido.

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Os drones, descritos como grandes e coordenados, desafiam métodos tradicionais de detecção, mas autoridades federais dos EUA afirmam que a maioria dos avistamentos envolve aeronaves tripuladas legais.

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Alguns parlamentares, incluindo Donald Trump, sugeriram abater os drones misteriosos para investigar sua origem e intenções.

Foto: wikimedia commons/ Ali Shaker/VOA

O governador de Nova Jersey, Phil Murphy, pediu ao presidente Joe Biden e ao Congresso esforços coordenados para resolver o caso e ampliar o uso de tecnologias antidrones pela polícia local.

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Enquanto isso, alguns moradores sugeriram resolver o problema por conta própria, com ações ilegais como derrubar os drones, algo que as autoridades condenaram.

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Embora tenham ficado famosos agora, os drones existem desde pelo menos 1989.

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Na época, um militar israelense introduziu o Harpy, um drone que conseguia permanecer no ar por cerca de duas horas, procurando por sistemas de radar inimigos e atacando-os.

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Empresas militares dos Estados Unidos, como a AeroVironment, comercializaram recentemente munições de espera semelhantes que contêm uma carga explosiva.

Foto: wikimedia commons AeroVironment, Inc.

O Switchblade 600, nome dado a essa unidade, voa até localizar um tanque ou alvo e lança uma carga explosiva antitanque. No entanto, atualmente, ainda é necessária a aprovação de um ser humano.

Foto: wikimedia commons U.S. Marine Corps/Lance Cpl. Tyler Forti

Agora, o Pentágono já trabalha na criação de um “enxame de drones”. São centenas ou até milhares de drones autônomos, aprimorados por inteligência artificial, que transportarão equipamentos de vigilância ou armamentos.

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Segundo o ‘New York Times’, a ideia dos EUA é que esses drones sejam posicionados próximos à China para uma implantação rápida em caso de conflito.

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A intenção seria usar esses drones para neutralizar ou, no mínimo, diminuir a ampla rede de sistemas de mísseis antinavio e antiaéreos que a China construiu ao longo de suas costas e ilhas artificiais no Mar do Sul da China.

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E esta é apenas uma das várias estratégias em andamento no Pentágono. A meta é ter milhares de drones econômicos, autônomos e por vezes letais em operação nos próximos um ou dois anos.

Foto: wikimedia commons Nehemia Gershuni-Aylho

Esses ‘drones assassinos’ devem ser capazes de continuar funcionando mesmo em situações em que os sinais de GPS e as comunicações estejam bloqueados.

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Apesar dos alertas, alguns especialistas argumentam que ataques totalmente automáticos, controlados por inteligência artificial, podem estar longe de acontecer.

Foto: wikimedia commons Mustafa.KarabasTUSAS

Isso porque, mesmo os algoritmos mais avançados ainda não são totalmente confiáveis, o que significa que não podem tomar decisões autônomas sobre "vida ou morte".

Foto: wikimedia commons N13s013

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