Empresário devora banana de obra de arte que custou R$ 37 milhões

Foto: rReprodução/Sotheby's

O empresário Justin Sun, que trabalha com criptomoedas, pagou US$ 6,2 milhões (R$ 37 milhões) por uma obra de arte que consistia em uma banana fixada na parede com fita adesiva. O fato aconteceu no dia 21/11, em leilão da Sotheby’s, em Nova York.

Foto: rReprodução/Sotheby's

Uma semana depois, Sun reuniu jornalistas em um hotel de Hong Kong para cumprir a promessa de saborear a banana. Diante dos profissionais da imprensa, ele mordeu a fruta e elogiou: “Ela é muito melhor do que outras bananas. É realmente muito boa”.

Foto: Reprodução/X

Fundador da empresa Tron, Sun concorreu no leilão com outras seis pessoas. Ele classificou a curiosa obra de “icônica”. “Comê-la em uma coletiva de imprensa também pode se tornar parte da história da obra de arte”,

Foto: Reprodução/X

Batizada de "Comedian", a polêmica obra foi criada pelo artista italiano Maurizio Cattelan em 2019. Ela foi exposta originalmente no Art Basel, em Miami, e viralizou nas redes sociais por sua aparente simplicidade.

Foto: montagem/reprodução Sotheby's

Antes do leilão, a obra passou por uma turnê mundial, visitando cidades como Londres, Paris, Tóquio e Los Angeles.

Foto: wikimedia commons Jane023

Segundo a Sotheby's, a obra tem o objetivo de criticar e provocar reflexões sobre o conceito de arte e o valor atribuído a ela.

Foto: wikimedia commons Milliped

Desde sua estreia em 2019, a peça atraiu multidões, dividiu opiniões e gerou polêmica, incluindo incidentes em que a banana foi consumida duas vezes.

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David Galperin, chefe de arte contemporânea da Sotheby's, descreveu a peça como profunda e provocativa, destacando que Maurizio Cattelan "desafia as bases do mundo da arte contemporânea ao questionar o que define uma obra".

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"Se, em sua essência, 'Comedian' questiona a própria noção do valor da arte, então colocar a obra em leilão em novembro será a realização final de sua ideia conceitual essencial", disse Galperin.

Foto: reprodução/CBS News

Em 2019, enquanto estava exposta no Art Basel de Miami, o artista norte-americano David Datuna publicou um vídeo nas redes sociais em que aparece descascando e comendo a banana na frente de outras pessoas.

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"Adoro o trabalho de Maurizio Cattelan e realmente amei essa instalação. Estava uma delícia!'", escreveu na época, em tom provocativo.

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Em 2023, no Leeum Museum of Art, em Seul, uma nova mordida: dessa vez por de um aluno de estética da Coreia do Sul. Assim como em 2019, a "obra" foi trocada rapidamente por uma nova banana.

Foto: reprodução/redes sociais

Segundo o chefe de arte contemporânea da Sotheby's, quem ganhasse a obra no leilão não estaria "comprando a banana em si, mas um certificado de autenticidade que concede ao proprietário a permissão e autoridade para reproduzir a obra onde preferir".

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Essa não foi a primeira vez que uma obra de arte contemporânea causou polêmica mundo afora. Em outubro, um funcionário do LAM Museum, nos Países Baixos, jogou duas latas fora achando que era lixo.

Foto: divulgação/LAM Museum

A peça, intitulada "All the good times we spent together" ("Todos os bons momentos que passamos juntos", em tradução livre), foi criada pelo artista francês Alexandre Lavet.

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Para o museu, o funcionário cometeu um erro compreensível já que as latas de cerveja estavam colocadas no poço de um elevador de vidro, dando a impressão de terem sido esquecidas.

Foto: reprodução

Em 2015, uma faxineira de um museu no norte da Itália confundiu uma instalação artística com sujeira e acabou "limpando" a peça acidentalmente.

Foto: montagem/divulgação

Em agosto deste ano, um jovem deixou um tênis no chão de uma das salas do Museu Solomon Robert Guggenheim, em Nova York, na intenção de pregar uma peça nos visitantes.

Foto: reprodução/tiktok

E deu certo. Várias pessoas não só pararam para admirar a "obra" como ficaram tirando fotos do All Star desgastado do rapaz.

Foto: Reprodução redes sociais

O vídeo viralizou no TikTok na época e já soma mais de 26 milhões de visualizações! Alguns seguidores debocharam a respeito de obras em exibição que "não parecem arte de verdade".

Foto: Reprodução redes sociais

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Foto: rReprodução/Sotheby's