Entenda os benefícios e os perigos do chip em cérebro humano

Em 28/01, a Neuralink, empresa do bilionário Elon Musk, realizou com sucesso o primeiro implante de um chip cerebral em um ser humano.

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O próprio empresário compartilhou a notícia em seu perfil no X, destacando que os resultados iniciais foram promissores.

Foto: Victor Gonzalez Couso - Flickr

“O primeiro humano recebeu ontem um implante da Neuralink e está se recuperando bem. Os resultados iniciais mostram uma detecção promissora de picos de neurônios”, escreveu.

Foto: Victor Gonzalez Couso/Flickr

A Neuralink obteve a aprovação da agência reguladora de alimentos e medicamentos (FDA, em inglês) em maio do ano passado para realizar testes de implantes em seres humanos. Mas como o chip funciona?

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O chip implantado recebeu o nome de “Telepathy” (“Telepatia”, em português), que significa comunicação direta de pensamentos.

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Segundo Musk, este chip permitirá que a pessoa controle o smartphone ou o computador apenas com o pensamento.

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Apesar de ser pequeno (do tamanho de uma moeda), o dispositivo requer uma cirurgia delicada para ser implantado, já que é necessário colocá-lo em uma parte específica do cérebro que controla os movimentos.

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O chip é colocado por um robô, chamado de “Interface Cérebro-Computador” (BCI, na sigla em inglês). Agora, o foco é avaliar a segurança do procedimento.

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Antes de serem implantados em humanos, os chips passaram por testes em primatas. A Neuralink compartilhou vídeos nos quais é possível ver os animais controlando o cursor de um computador só com a força da mente.

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O empresário destacou que o chip cerebral pode ser uma oportunidade para melhorar a vida de pessoas que perderam a capacidade movimentação.

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“Imagine se Stephen Hawking pudesse se comunicar mais rápido do que um digitador rápido ou um leiloeiro. Esse é o objeito”, ponderou Musk.

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Em setembro de 2023, a empresa afirmou que pessoas com paralisia causada por lesão na medula espinhal cervical ou esclerose lateral amiotrófica (ELA) poderiam ser elegíveis para participar do estudo.

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No entanto, a quantidade de participantes ainda não foi divulgada. Estima-se que a pesquisa levará em torno de seis anos para obter resultados conclusivos.

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A proposta de Elon Musk não é algo inédito. Já existem diversos estudos que envolvem o implante de dispositivos no cérebro para ajudar pacientes a recuperarem a capacidade de caminhar, por exemplo.

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O que diferencia a abordagem de Musk, segundo os cientistas, é o desejo de disponibilizar o dispositivo para o público em geral.

Foto: Victor Gonzalez Couso - Flickr

Contudo, existe uma preocupação ética em garantir a proteção dos seres humanos quanto a possíveis usos prejudiciais desses dispositivos inovadores.

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Já existem grupos de direitos humanos exigindo que as empresas do setor desenvolvam códigos éticos para esse projeto.

Foto: wikimedia commons Steve Jurvetson

Dentro dos planos do bilionário para a Neuralink, ele acredita que a empresa pode facilitar a inserção rápida de seus chips cirúrgicos para tratar condições como obesidade, transtorno do espectro autista, depressão e esquizofrenia.

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O empresário tem o desejo futuro de empregar o chip para atingir a telepatia. Ele já mencionou que isso seria benéfico para a humanidade em uma possível luta contra a inteligência artificial, mesmo com especialistas argumentando que isso seria impossível.

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"Você poderá salvar e reprisar memórias...O futuro vai ser estranho", comentou o empresário, ainda em 2020.

Foto: Reprodução/Instagram @elonmusk

Apesar de o “Telepathy” ser considerado seguro para uso humano, especialistas indicam que a obtenção de autorização para uso comercial pela startup levaria mais de dez anos.

Foto: reprodução redes sociais

Fundada em 2016 nos Estados Unidos, a Neuralink é uma empresa que desenvolve dispositivos médicos. Elon Musk, junto com um grupo de cientistas e engenheiros, está por trás desse empreendimento.

Foto: Domínio Público

A empresa chegou a ter testes em humanos rejeitados em 2022, por questões de segurança. Na época, a própria FDA alegou preocupação com o fato da bateria do chip ser de lítio, além do risco de que os fios dos implante pudessem migrar para outras partes do cérebro.

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