Lagartas venenosas: Espécies que podem causar acidentes

Foto: José Felipe Batista/Comunicação Butantan

Um dos mais bonitos animais, a borboleta representa a vida, liberdade, beleza e transformação, dando o ar da graça com bonitos voos. Mas antes de sua metamorfose para o estágio final, este inseto passa por etapas que podem causar acidentes, Veja espécies de lagartas venenosas.

Foto: José Felipe Batista/Comunicação Butantan

A borboleta pode passar pela fase de larva (lagarta) de um a oito meses, dependendo da espécie. A principal delas é a lonomia obliqua, que por ser espinhosa faz parte da família Saturniidae.

Foto: José Felipe Batista/Comunicação Butantan

Além disso, ela pode ser encontrada na América do Sul e na América Central, em zonas urbanas ou rurais. Em solo brasileiro, por exemplo, é mais vista nas regiões Sudeste e Sul, sobretudo em florestas primárias, de áreas montanhosas, entre janeiro e abril.

Foto: José Felipe Batista/Comunicação Butantan

O desmatamento faz com que a população de lagartas migre para áreas urbanas, especialmente pomares. A lonomia obliqua pode ser encontrada em árvores frutíferas comuns, como goiabeira, nespereira, abacateiro e outras.

Foto: José Felipe Batista/Comunicação Butantan

O envenenamento pode provocar dermatite urticante, queimação, dor, inchaço, cefaleia, mal-estar, náuseas, vômitos, ansiedade, dor muscular, dor abdominal, hipotermia (sensação de frio) e hipotensão (pressão baixa).

Foto: José Felipe Batista/Comunicação Butantan

Esses animais da família Megalopygedae englobam as chamadas “cabeludas” e têm menos relevância médica. Contudo, podem provocar queimaduras, como aconteceu com a apresentadora Sandra Annenberg, em 2023.

Foto: Reprodução de Rede Social

A apresentadora postou um vídeo do inseto da espécie Podalia orsilochus, ou lagarta-cachorrinho, com a legenda: “Alguém sabe que bicho é esse? Pisei nele e meu pé está pegando fogo! Uma dor insuportável! Socorro!”.

Foto: Reprodução de Rede Social

Ela teve que procurar atendimento médico para controlar o desconforto, mas não precisou receber soro antilonômico, porque as lagartas cabeludas podem até machucar, mas não precisam de tal tratamento.

Foto: Foto de Arquivo Pessoal de Fabrício Alex de Souza

A apresentadora, então, comentou que jamais imaginou que "a taturana pudesse ser um bicho tão perigoso" e pediu para as pessoas não matarem os animais.

Foto: Reprodução de Rede Social

Vale destacar que casos graves de envenenamento desses animais podem evoluir para síndrome hemorrágica grave, caracterizada por alteração na coagulação, equimose (manchas), injúria renal aguda (IRA) e hemorragia generalizada, levando à morte.

Foto: Divulgação

O soro antilonômico é produzido exclusivamente pelo Instituto Butantan e enviado ao Ministério da Saúde, que distribui o medicamento por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

Foto: Instituto Butantan

O tratamento é o recebimento a tempo do soro antilonômico e a dose depende da gravidade e é definida a partir da intensidade dos sintomas e sinais clínicos.

Foto: Instituto Butantan

Em 2008, no Canadá, uma jovem de 22 anos, procurou um hospital sete dias após ter pisado descalça em cinco lagartas durante viagem ao Peru. A paciente apresentava manchas roxas na pele e sinais de coagulação, quando procurou atendimento médico.

Foto: Prefeitura de Vila Viçosa

Ela recebeu o soro em 48 horas, no décimo dia depois do envenenamento (terceiro dia de internação). Contudo, o quadro da jovem já havia progredido para hemorragia pulmonar, lesão renal aguda e coagulação intravascular, levando à falência de múltiplos órgãos.

Foto: Prefeitura de Vila Viçosa

Em 2023, foram registradas no Brasil mais de 340 mil notificações de acidentes com animais peçonhentos e 451 casos levaram a mortes. Na imagem, o Instituto do Butantã.

Foto: Sturm/Wikimédia Commons

Os envenenamentos por lagartas são os menos comuns e que menos causam óbitos no Brasil. Foram quatro, em 2023. Todavia, são perigosos por serem desconhecidos da população. Casos com escorpiões e serpentes são mais comuns.

Foto: Reprodução de Rede Social

Nativa da América do Norte, também encontrada em alguns países da América Central e Colômbia, a rara lagarta-de-sela (Acharia stimulea) chama a atenção. Os dois últimos instares têm uma das picadas mais fortes e são encontradas em plantas ornamentais.

Foto: Reprodução Facebook Biologia em Fase

As larvas de hemileuca maia possuem um mecanismo de defesa com cerdas urticantes à base de proteína que podem causar um efeito tóxico ao toque. Ao entrar em contato, essas cerdas podem induzir uma leve irritação na pele.

Foto: Flickr David

As lagartas Ochrogaster lunifer vivem em um saco de seda, saindo à noite para se alimentar em procissão. Entretanto, são um pouco mais perigosas à saúde, pois apresentam um veneno anti-coagulante potente.

Foto: Divulgação

A Megalopyge lanata é conhecida como lagarta de fogo por conta da sensação de queimação que ocorre no contato entre o inseto e a pele. A espécie tem distribuição por toda a América do Sul.

Foto: Flickr José Roberto Peruca

Segundo a CNN, o veneno da lagarta Megalopyge opercularis é semelhante a picadas de abelha, por isso é comum que as pessoas que possuem reações alérgicas graves a abelhas também sejam alérgicas à lagarta de pus.

Foto: Flickr Dennis Totin

As lagartas da Mariposa Cinnabar adquirem toxicidade através das plantas que ingerem, geralmente a tasna ou tasneira. Podem causar dermatite urticária, asma atópica, coagulopatia de consumo, falência renal, e hemorragia cerebral.

Foto: Imagem de Mark Underwood por Pixabay

Outra da família Limacodidae. A lagarta Euclea delphinii não causa tanta preocupação de segurança, mas pode causar erupções se você tocá-la. O inchaço é causado pelas protuberâncias espinhosas, com espinhos chamados de ‘caltrop’.

Foto: Reprodução Facebook RM Consultoria

Encontrada do Canadá à Flórida, a lagarta da mariposa io possui espinhos em forma de pom-pom. Eles, por menor que sejam, tem um veneno que pode causar uma coceira dolorida, ou até mesmo dermatite.

Foto: Alan Rockefelle/Wikimédia Commons

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Foto: José Felipe Batista/Comunicação Butantan